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Unicamp amplia pesquisa em petróleo (1 notícias)

Publicado em 20 de fevereiro de 2019

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) terá um novo Centro de Pesquisa em Engenharia em Reservatórios e Gerenciamento de Produção de Petróleo. Esse novo centro vai ficar no prédio onde já funciona o Centro de Estudos de Petróleo (Cepetro). Os investimentos devem alcançar R$ 50 milhões em dez anos. A unidade é resultado de um acordo de cooperação entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Equinor, estatal norueguesa da área de energia. Juntas, elas lançaram um edital vencido pela Universidade. Os objetivos do Centro de Pesquisa são buscar soluções inovadoras para otimizar a produção e a eficiência de poços de petróleo, recuperar reservatórios e melhorar o gerenciamento da água retirada junto ao petróleo nas atividades de perfuração e extração.

O lançamento oficial do Centro de Pesquisa ocorreu ontem, na sede da Fapesp, em São Paulo. Segundo o pesquisador responsável pela unidade, professor Antonio Carlos Bannwart, o acordo terá duração de dez anos, sendo que a Fapesp e a Equinor liberarão, meio a meio, recursos da ordem de R$ 25 milhões nos primeiros cinco anos e o mesmo valor no restante do prazo. “Esses montantes serão aplicados, por exemplo, na construção de mais um pavimento no prédio do Cepetro, na compra de equipamentos e no pagamento de bolsas de estudos”, explicou.

Ao todo, conforme Bannwart, o Centro de Pesquisa contará com 60 pesquisadores — 47 bolsistas de pós-graduação e 13 professores, quase todos da Unicamp e pertencentes a diferentes áreas do conhecimento, como Matemática, Ciência da Computação, Engenharia Mecânica, Geologia, entre outros.

“Nós vamos trabalhar a partir de dois eixos principais: Engenharia de Reservatórios e Sistema de Produção, tendo por meta melhorar as diversas técnicas e metodologias empregadas na operação desses setores”, acrescenta.

O diretor do Cepetro, professor Denis Schiozer, aponta que além de realizar pesquisas de alto nível associadas à formação de recursos humanos, o Centro de Pesquisa terá outras missões, como a difusão do conhecimento gerado e o desenvolvimento de tecnologias que possam ser patenteadas e posteriormente aplicadas pela indústria do petróleo.

Andrea Achoa, gerente de tecnologia da Equinor no Brasil, ressalta que a empresa tem grandes expectativas de que o Centro de Pesquisa gere soluções inovadoras que ajudem a superar os desafios enfrentados nas atividades ligadas à exploração do mineral. De acordo com ela, as pesquisas desenvolvidas na nova unidade contarão com a participação de representantes da Equinor, o que permitirá o intercâmbio profissional e cultural.

O gerente de pesquisas da estatal norueguesa no Brasil, Ruben Schulkes, ressalta que estudantes de pós-graduação da Unicamp terão a oportunidade de cumprir períodos de estágio na sede da empresa na Noruega.

Empresa parceira atua no Brasil há 17 anos

A Equinor, que é 67% do governo norueguês, tem atuação internacional. Está presente em cerca de 30 países. Emprega cerca de 20 mil pessoas e produz 2 milhões de barris de petróleo por dia. Segundo dados do site da Equinor, 170 milhões de pessoas distribuídas pelo mundo recebem energia produzida pela companhia, contingente próximo ao da população de Bangladesh.

A Equinor atua no Brasil há 17 anos com foco na exploração de petróleo e gás natural offshore. Atualmente, a empresa produz cerca de 100 mil barris de petróleo por dia no País. “Temos um compromisso de longo prazo com o Brasil, considerado prioritário para nossos investimentos nas próximas décadas. Recentemente, expandimos nossos investimentos em energias renováveis no Brasil e no mundo.

Somos uma das empresas pioneiras na operação de parques eólicos offshore na Europa e estamos investindo em projetos de energia solar na América do Sul. Nosso primeiro parque a entrar em operação está localizado no Ceará”, registra a estatal em seu site.