Nomeado de Cowboy, o protótipo tem um custo de produção estimado em US$ 250, preço que, segundo Eduardo Morgado, coordenador do Laboratório de Tecnologia da Informação Aplicada (LTIA) da Unesp, onde o projeto foi desenvolvido com apoio das empresas brasileiras Tecnequip e MSTech, poderá ser reduzido com o início da produção em escala industrial.
Morgado define o novo produto como uma opção intermediária entre um palmtop e um notebook.
Com capacidade de processamento que pode ser comparada à de um PC Pentium 3, o Cowboy tem tela colorida de LCD de 7 polegadas, processador de 400 MHz, 128 MB de memória RAM, HD de 1 GB, internet sem fio (wi-fi) e saída de vídeo para TV ou monitor externo.
Outra vantagem é a possibilidade de acesso a PCs ou servidores por meio
de um sistema de conectividade, o UPnP (Universal Plug and Play). O equipamento
utiliza sistema operacional Windows CE, que permite livre acesso ao código
fonte para que sejam feitas modificações no programa original.
Oferece ainda leitor e editor de documentos, navegador de internet, reprodutor
de arquivos MP3 e de vídeos MPEG-2. O uso do mouse pode ser dispensado:
as aplicações na tela são acessadas por apenas oito teclas.
A tela pode ser deslizada para sobre o teclado, para uso semelhante ao de um
game portátil.
Segundo Morgado, a interface que oferece uma navegação mais simples
e intuitiva, dentro do conceito de computação confortável,
é outra vantagem do projeto. "Um dos enfoques desse conceito é
a navegação na internet a partir da combinação de
poucos botões. Os ícones são manipulados pela aproximação
de uma marcação de apontamento na tela, o que exige pouco conhecimento
de informática por parte dos usuários", disse.
Como todos os dispositivos do Cowboy, do gabinete à placa-mãe,
podem ser produzidos no Brasil, os pesquisadores de Bauru estudam propostas
de parceria com a iniciativa privada para o início da fabricação
e comercialização do produto. (Fonte: Agência Fapesp)