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Unesp conquista Prêmio ABIQUIM de Inovação Tecnológica (1 notícias)

Publicado em 14 de dezembro de 2015

Dia 11 de de dezembro foi entregue, durante o 20º Encontro Anual da Indústria Química - ENAIQ, no hotel Grand Hyatt, em São Paulo, SP, o Prêmio ABIQUIM de Inovação Tecnológica Kurt Politzer, 2015, em três categorias: Grande empresa; Empresa nascente e Pesquisador.

Vanderlan Bolzani, prossora do Instituto de Química da Unesp de Araraquara e responsável pela Agência Unesp de Inocação, ganhou na categoria pesquisador com pesquisa sobre Umbu. O estudo pre-clinico que prova que os fenólicos tem propriedades antienvelhecimento. O prêmio também foi atribuido a pós-doc Fapesp que fez a pesquisa quimica, e a J. Batista Calixto que fez o estudo pre-clinico. "A pesquisa é parte de um projeto maior envolvendo pesquisadores da Suiça e os também professores do IQ Dulce helena Siqueira Silva e Ian Castro.

A pesuisa é intitulada Processo de Extração e Isolamento de Substâncias Ativas Presentes na Polpa do Umbu, Aalimentos Nutracêuticos e/ou Funcionais e Cosméticos Compreendendo as referidas Substâncias Ayivas e Seus Usos (ACTIVE COMPOUNDS FROM UMBU PULP, EXTRACTION AND ISOLATION PROCESS, NUTRACEUTICAL AND/OR FUNCTIONAL FOOD AND COSMETICS COMPRISING SUCH ACTIVE COMPOUDS AND USES THEREOF) e envolve pesquisadores da Unesp e da UniGe (Universidade de Genebra, Suíça).

Os participantes são: Maria Luiza Zeraik (IQ UNesp)/Emerson Ferreira Queiroz (UniGe)/Ian Castro-Gamboa (IQ Unesp)/Dulce Helena Siqueira Silva (IQ Unesp)/Muriel Cuendet (UniGe)/Vanderlan da Silva Bolzani (IQ Unesp)/Jean-Luc Wolfender (UniGe).

O Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia, lançado em dezembro de 2001, busca identificar trabalhos de inovação tecnológica no setor químico desenvolvidos por empresas e pesquisadores e promover a pesquisa e a inovação na química no Brasil.

A categoria Pesquisador é voltada para Pesquisadores que tenham desenvolvido projetos na área química com potencial de aplicação industrial.

A Comissão Julgadora é formada por profissionais com destacada participação no cenário da química e inovação no País.

O projeto deverá ter sido desenvolvido no Brasil. Além disso, deve-se salientar a importância de demonstrar o potencial mercadológico e a sustentabilidade da tecnologia. Os critérios na categoria Pesquisador são Potencial de aplicação dos resultados, Potencial de geração de receitas, Formação acadêmica e Área de atuação.

O prêmio tem como objetivo incentivar a área de P&I na indústria química e reconhecer projetos que demonstrem a inventividade e a criatividade de empresas e pesquisadores. Além das tradicionais categorias Empresa e Pesquisador, a edição 2015 marcou a estreia da categoria Empresas Nascentes de Base Tecnológica (Startups).

Puderam concorrer ao Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia 2015 trabalhos da área química de melhorias de processos, produtos e serviços já existentes no mercado, assim como aqueles que envolvam o desenvolvimento de processos, produtos, aplicações e serviços pioneiros.

Umbu

Intitulado por Euclides da Cunha como a “árvore sagrada do sertão”, o umbuzeiro é também conhecido como imbuzeiro (nome cientifico: Spondias tuberosa). O seu fruto é o umbu ou imbu. A palavra que lhe deu esse nome é o “ymbu”, de origem tupi-guarani, que significa “árvore que dá de beber”, uma referência a sua característica de armazenamento de água, especialmente da raiz, qualidade necessária para sobrevivência nos longos períodos de seca no seu habitat natural, a Caatinga. A planta pode alcançar sete metros, tem tronco curto e copa em forma de guarda-chuva. As flores são brancas, agrupadas, perfumadas, com néctar que é retirado pelas abelhas para se alimentarem e produzirem mel.

O fruto é pequeno e arredondado, de casca lisa ou com pequenos pelos, que lhe conferem uma textura levemente aveludada. Com cheiro doce e sabor agradável, levemente azedo, o umbu tem a coloração verde-amarelada. Grande parte da sua composição é aquosa e possui consideráveis propriedades nutricionais, sendo rico em vitamina C. É muito apreciado para consumo humano in natura ou beneficiado, na produção de polpas de fruta, sorvete, geleias e doces. Vale salientar que o fruto maduro dura no máximo dois ou três dias, o que dificulta o consumo in natura. O fruto e a folha do umbuzeiro também são utilizados na alimentação animal.

Como a maioria das plantas na Caatinga, o umbuzeiro perde todas as suas folhas nos períodos de seca, mas volta a florescer assim que começam a cair as primeiras chuvas. A frutificação segue o mesmo percurso, estando os frutos maduros 60 dias após a abertura das flores.

As raízes do umbuzeiro, em formato de batatas, podem ser utilizadas na culinária popular e apresentam um sabor adocicado. As populações tradicionais utilizam o suco da raiz nos casos de escorbuto, doença que tem como sintomas hemorragias nas gengivas em decorrência de carência grave de vitamina C. Em períodos de estiagem forte, a água armazenada nas raízes pode ser consumida por pessoas e animais. Ainda se atribui a ela propriedades medicinais antidiarreicas.

Leia mais em: http://www.jornaldaciencia.org.br/vice-presidente-da-sbpc-ganha-premio-kurt-politzer-de-tecnologia-2015/

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