Professores, pesquisa- dores e estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu (100 quilômetros a Sudeste de Bauru) estão desenvolvendo estudos genéticos sobre o câncer, O trabalho ganhou tanta expressão que a equipe conseguiu verbas junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP (FAPESP) para formar um centro de pesquisas, que será inaugura do hoje na faculdade.
Inicialmente, foram gastos cerca de U$ 500 mil na - preparação e implantação do projeto. A estimativa é de que sejam investi dos mais R$ 2 milhões nos próximos anos.
O NeoGene, como foi batizado, é um grupo multidisciplinar de estudos em neoplasias humanas, coordenado pela professora e geneticista Silvia Regina Rogatto. Dotado de infra- estrutura de última geração, a expectativa é de que o centro de pesquisas inaugurado hoje em Botucatu seja uma unidade de referência no País.
No local, o grupo vai realizar investigações sobre o perfil genômico de tumores sólidos humanos, domo câncer de cabeça e pescoço, mama e próstata. Também serão investiga dos tumores benignos de útero e de mama.
A equipe, composta por cerca de 15 pessoas, trabalhará em diversas frentes de investigação. Uma delas pretende identificar indivíduos que apresentem genes suscetíveis ao desenvolvimento de cânceres; nu seja, que diante de determinado estilo vida e em contato com substâncias nocivas manifestem a doença.
"Se analisarmos o genoma e identificarmos esses indivíduos suscetíveis, vamos recomendar que nunca fumem, bebam, por que eles podem ter câncer", exemplifica a pesquisadora Cláudia Aparecida Rainho. Essas descobertas, segundo ela, podem recomendar uma conduta preventiva aos indivíduos com genótipo (conjunto de genes) de alta suscetibilidade a determinado tipo de câncer.
Outra linha de pesquisa visa identificar genes que indiquem predisposição hereditária de um indivíduo à ocorrência de certos tipos de tumores malignos.
"Estima-se que de 5% a 10% dos cânceres tenham predisposição familiar, O restante é esporádico. Eles aparecem como resultado de exposição ambiental, estiro de vida, alimentação, etc", ressalta Rogatto.
Os pesquisadores também pretendem identificar, em determinado grupo de indivíduos, dados sobre o perfil de alterações genéticas (assinatura genética) e o comportamento da doença, que potencialmente possam ser utilizados como parâmetros para o tratamento do câncer.
"Com isso, quando eu olhar para aquele tumor, posso tentar adivinhar como aquela doença vai se com portar naquele indivíduo. Para justamente ajudar a definir e direcionar o trata mento", observa Rainho.
Segundo Rogatto, a resposta dos pacientes ao tratamento do câncer é bastante diversificada, por isso tendência da medicina no futuro é fornecer condutas terapêuticas individualizadas, classificando os pacientes de acordo com seu genótipo
A coordenadora lembra que todo o câncer é uma doença genética, que decorre da alteração de um conjunto de genes do indivíduo, "Ele se caracteriza inicialmente em uma alteração em um ou em alguns genes e essas alterações tendem a se acumular dando um fenótipo irreversível para a célula, que não consegue mais voltar para o seu estado normal. E isso é gerado graças a essas alterações genéticas", explica.
Estrutura
O NeoGene está instalado no conjunto dos laboratórios experimentais da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu. A universidade cedeu ao grupo o espaço físico do laboratório e a FAPESP entrou no projeto com todo o investimento de material e equipamentos.
O espaço, segundo a assessoria de imprensa da faculdade, ocupa uma área de cerca de 200 metros quadrados, divididos em sete salas climatizadas. No local, o grupo de pesquisa- dores conta com equipamentos de última geração, como uma máquina que amplifica e quantifica seqüências de DNA ou RNA em tempo real. A equipe possui ainda um banco de tumores sólidos, que já possui cerca de mil amostras. O laboratório, segundo Rogatto, pretende dar uma resposta pontual de trata mento nos pacientes que forneceram amostras para a pesquisa.
O NeoGene é formado por especialistas na área, incluindo pesquisadores, cirurgiões, patologistas e clínicos, bem como alunos de graduação e pós-graduação. Eles trabalham em colaboração com outras entidades de atendimento e pesquisa a pacientes com câncer, como o Hospital Amaral Carvalho (HAC) de Jaú e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu. Rogatto destaca que o laboratório que está sendo inaugurado hoje é voltado para pesquisas e não para trabalhos de extensão à comunidade. "Embora a gente tenha alguns planos de extensão de alguns testes genéticos que a gente tem interesse de fazer em pacientes com câncer", ressalta. O grupo de pesquisadores já desenvolve estudos genéticos há cerca de dez- anos, "A partir do projeto genoma humano do câncer, nosso grupo teve um grande avanço. Nós recebemos verba e grande quantidade de dinheiro para a compra de equipamentos e também teve treinamento. Então a equipe foi preparada para desenvolver essa pesquisa de última geração", explica Rogatto.
Inicialmente, foram gastos cerca de U$ 500 mil na - preparação e implantação do projeto. A estimativa é de que sejam investi dos mais R$ 2 milhões nos próximos anos.
O NeoGene, como foi batizado, é um grupo multidisciplinar de estudos em neoplasias humanas, coordenado pela professora e geneticista Silvia Regina Rogatto. Dotado de infra- estrutura de última geração, a expectativa é de que o centro de pesquisas inaugurado hoje em Botucatu seja uma unidade de referência no País.
No local, o grupo vai realizar investigações sobre o perfil genômico de tumores sólidos humanos, domo câncer de cabeça e pescoço, mama e próstata. Também serão investiga dos tumores benignos de útero e de mama.
A equipe, composta por cerca de 15 pessoas, trabalhará em diversas frentes de investigação. Uma delas pretende identificar indivíduos que apresentem genes suscetíveis ao desenvolvimento de cânceres; nu seja, que diante de determinado estilo vida e em contato com substâncias nocivas manifestem a doença.
"Se analisarmos o genoma e identificarmos esses indivíduos suscetíveis, vamos recomendar que nunca fumem, bebam, por que eles podem ter câncer", exemplifica a pesquisadora Cláudia Aparecida Rainho. Essas descobertas, segundo ela, podem recomendar uma conduta preventiva aos indivíduos com genótipo (conjunto de genes) de alta suscetibilidade a determinado tipo de câncer.
Outra linha de pesquisa visa identificar genes que indiquem predisposição hereditária de um indivíduo à ocorrência de certos tipos de tumores malignos.
"Estima-se que de 5% a 10% dos cânceres tenham predisposição familiar, O restante é esporádico. Eles aparecem como resultado de exposição ambiental, estiro de vida, alimentação, etc", ressalta Rogatto.
Os pesquisadores também pretendem identificar, em determinado grupo de indivíduos, dados sobre o perfil de alterações genéticas (assinatura genética) e o comportamento da doença, que potencialmente possam ser utilizados como parâmetros para o tratamento do câncer.
"Com isso, quando eu olhar para aquele tumor, posso tentar adivinhar como aquela doença vai se com portar naquele indivíduo. Para justamente ajudar a definir e direcionar o trata mento", observa Rainho.
Segundo Rogatto, a resposta dos pacientes ao tratamento do câncer é bastante diversificada, por isso tendência da medicina no futuro é fornecer condutas terapêuticas individualizadas, classificando os pacientes de acordo com seu genótipo
A coordenadora lembra que todo o câncer é uma doença genética, que decorre da alteração de um conjunto de genes do indivíduo, "Ele se caracteriza inicialmente em uma alteração em um ou em alguns genes e essas alterações tendem a se acumular dando um fenótipo irreversível para a célula, que não consegue mais voltar para o seu estado normal. E isso é gerado graças a essas alterações genéticas", explica.
Estrutura
O NeoGene está instalado no conjunto dos laboratórios experimentais da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu. A universidade cedeu ao grupo o espaço físico do laboratório e a FAPESP entrou no projeto com todo o investimento de material e equipamentos.
O espaço, segundo a assessoria de imprensa da faculdade, ocupa uma área de cerca de 200 metros quadrados, divididos em sete salas climatizadas. No local, o grupo de pesquisa- dores conta com equipamentos de última geração, como uma máquina que amplifica e quantifica seqüências de DNA ou RNA em tempo real. A equipe possui ainda um banco de tumores sólidos, que já possui cerca de mil amostras. O laboratório, segundo Rogatto, pretende dar uma resposta pontual de trata mento nos pacientes que forneceram amostras para a pesquisa.
O NeoGene é formado por especialistas na área, incluindo pesquisadores, cirurgiões, patologistas e clínicos, bem como alunos de graduação e pós-graduação. Eles trabalham em colaboração com outras entidades de atendimento e pesquisa a pacientes com câncer, como o Hospital Amaral Carvalho (HAC) de Jaú e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu. Rogatto destaca que o laboratório que está sendo inaugurado hoje é voltado para pesquisas e não para trabalhos de extensão à comunidade. "Embora a gente tenha alguns planos de extensão de alguns testes genéticos que a gente tem interesse de fazer em pacientes com câncer", ressalta. O grupo de pesquisadores já desenvolve estudos genéticos há cerca de dez- anos, "A partir do projeto genoma humano do câncer, nosso grupo teve um grande avanço. Nós recebemos verba e grande quantidade de dinheiro para a compra de equipamentos e também teve treinamento. Então a equipe foi preparada para desenvolver essa pesquisa de última geração", explica Rogatto.