Representantes do setor sucroenergético do Estado estão elaborando um documento para ser entregue ao senador Jorge Viana, relator do Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente. A ideia é reunir dados científicos que comprovem que a cana-de-açúcar é uma cultura consolidada. Tudo para que o projeto do Código Florestal, que tramita no Senado, possa ser aprovado sem que haja prejuízos ao setor. O item do código que causa divergências diz respeito às Áreas de Preservação Permanentes (APPs). Segundo o relatório aprovado no ano passado pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara Federal, as plantações instaladas nessas áreas, antes de 1965, quando o atual código entrou em vigor, seriam consideradas culturas consolidadas. Na atual versão, o governo teria que editar um decreto estabelecendo quais culturas seriam permitidas. De acordo com o presidente dó Sindaçúcar/PE, Renato Cunha, entre os argumentos que serão apresentados, está um estudo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo que mostra que a cana ajuda a resfriar o clima. Além disso, como os canaviais são renovados a cada cinco anos, a cultura pode ser considerada semi-perene. E os argumentos devem ser suficientes. O que se espera é que o Senado seja sensível a causa.
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Folha de Pernambuco