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Agência C&T (MCTI)

Um player no jogo mundial

Publicado em 01 abril 2008

Há pouco mais de cinco anos, as condições que predominavam no cenário da petroquímica eram completamente diferentes, das atuais. "A Braskem surgiu em 2002 num ambiente totalmente diferente, difuso, capilarizado, disperso, com a promessa de estar entre os grandes players da petroquímica brasileira e mundial, e ela sempre acreditou nesse movimento de consolidação", disse Marcelo Lyra do Amaral, vice-presidente responsável pela área de relações institucionais da Braskem.

Hoje, pode-se dizer que a Braskem avançou consideravelmente na direção de suas metas, O ano de 2007 foi importante para a empresa lidera da por José Carlos Grubisich, do ponto de vista de seus focos estratégicos para o crescimento: consolidação da indústria petroquímica brasileira, flexibilização da matriz energética por meio de acesso a matérias-primas competitivas, e inovação, com o desenvolvimento do polímero verde a partir de matéria-prima renovável.

Por seus resultados, sua gestão estratégica e por liderar um movimento de consolidação da petroquímica brasileira em vários sentidos, a empresa foi a homenageada com o Troféu Roberto Hiraishi de Empresa do Ano do Prêmio Brasileiro de Embalagem Embanews 2008.

Para Henrique Levi, líder de negócios da área comercial de polietilenos, que representou a empresa, o Prêmio Embanews reflete todo o trabalho que a Braskem tem feito, com crescimento a taxas superiores a de tigres asiáticos. "Acredito que o ano de 2007 foi muito especial para a companhia, e nos aproximou muito de nossa meta que é estar entre as 10 maiores petroquímicas do mundo. Já somos a terceira petroquímica das Américas", disse Levi.

Focos estratégicos

A aquisição dos ativos petroquímicos do grupo Ipiranga em parceria com a Petrobras foi decisiva para elevar o porte e a competitividade da Braskem em âmbito global, em uma rota voltada para o crescimento. "Entendemos que a petroquímica brasileira fechou o seu primeiro grande ciclo de consolidação, com duas players principais: a Braskem de um lado e a Companhia Petroquímica do Sudeste, de outro, ambas com a participação minoritária, porém relevante, da Petrobras, ao alavancar a petroquímica brasileira", disse Lyra.

Com a integração e consolidação dos ativos, a capacidade de produção passou a 2,5 milhões de toneladas/ano de eteno e 3,3 milhões de toneladas/ano de resinas. Seus investimentos alcançaram R$ 1,3 bilhão em 2007, Desse montante, cerca de R$ 300 milhões foram destinados à Petroquímica Paulínia, prevista para entrar em operação neste mês, adicionando 350 mil toneladas anuais de polipropileno à capacidade de produção da Braskem.

Para 2008, estão programados investimentos de outros R$ 1,3 bilhão, incluindo as paradas programadas para manutenção da Copesul, em abril, e Camaçari, em maio.

Entre os projetos futuros, estão expansões adicionais de capacidade em plantas já existentes, como expansões de PE e PP em estudo no Complexo de Triunfo e expansão de capacidade de PVC em 150 a 200 mil toneladas, programada para 2010. Além disso, também está sendo estudada uma nova planta de PP, em Camaçari, para 2012.

Como parte dos planos para a flexibilização energética e os primeiros passos no processo de internacionalização da empresa, foram constituídas as empresas que devem implementar dois grandes projetos na Venezuela em parceria com a Pequiven. Um projeto com início de operação previsto para o final de 2010 contempla a construção de uma unidade de PP, com capacidade de 450 mil toneladas anuais, integrada com uma unidade de desidrogenação de propano.

O segundo projeto se refere a uma unidade com capacidade anual de 1,3 milhão de toneladas de eteno a partir de etano de gás natural, integrada à produção de polietileno (PE) com capacidade de 1,1 milhão de toneladas, cuja partida deverá ocorrer no final de 2012, aumentando em mais de 50% a capacidade produtiva de PE da Braskem. O investimento total previsto para os dois projetos é de US$ 3,5 bilhões.

Outro foco importante da estratégia da Braskem é a inovação e a tecnologia. Uma de suas linhas de pesquisa e desenvolvimento está voltada ao uso de matérias-primas renováveis para a produção de resinas. A empresa desenvolveu o primeiro polietileno 100% verde com certificação internacional em 2007, um polietileno de alta densidade, e recentemente, divulgou o lançamento do polietileno linear de baixa densidade, aplicável em filmes flexíveis, produzido 100% a partir de matéria-prima renovável.

Atualmente, a Braskem está finalizando o projeto para implantação de uma unidade industrial para produção de eteno verde, com capacidade anual de 200 mil toneladas, prevista para operar a partir de 2010. No final do mês passado foi firmado um convênio de cooperação tecnológica com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp. O objetivo da parceria, que terá investimentos de R$ 50 milhões ao longo de cinco anos, é incentivar cientistas ligados às melhores universidades e centros de pesquisa paulistas a elaborar trabalhos na área de polímeros a partir de matérias-primas renováveis.

Braskem

Tel: (11)3443-9301 - Site: www.braskem.com.br