UM ESTUDO DIVULGADO PELA REVISTA NATURE, UMA DAS PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS MAIS CONCEITUADAS DO MUNDO, FEZ UM GRAVE ALERTA SOBRE O RISCO DE EXTINÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA.
QUARENTA E SETE POR CENTO DA FLORESTA PODEM DESAPARECER ATÉ 2050 SE O DESMATAMENTO REGISTRADO NOS ÚLTIMOS ANOS CONTINUAR. NO SENADO, DUAS MATÉRIAS EM ANÁLISE PODEM DIMINUIR OS RISCOS APONTADOS PELA PESQUISA. QUEM TEM OS DETALHES É O REPÓRTER CESAR MENDES.
Liderado pelos pesquisadores Marina Hirota e Bernardo Flores, da Universidade Federal de Santa Catarina, o estudo leva em conta os cinco principais fatores de estresse climático sobre a Amazônia: desmatamento, aquecimento global, precipitação anual, distribuição das chuvas e duração da estação seca. A interação e a sinergia desses fatores é que pode acelerar a chegada ao ponto de não retorno, estudado há mais de 30 anos pelo climatologista Carlos Nobre, que reconheceu a importância do novo alerta.
''Se nós continuarmos com desmatamentos, degradação da floresta e aquecimento global, até 2050 nós podemos ter quase 50% da floresta que já terá passado o ponto de não retorno. O clima não volta mais a ser um clima de muita chuva, de estação seca mais curta, então a floresta não volta mais.''
Duas matérias em análise na CMA podem diminuir os riscos apontados pela pesquisa. A destinação de áreas rurais com floresta nativa submetida a queimadas ilegais para o reflorestamento, de autoria de Jorge Kajuru, do PSB de Goiás e a lei de diretizes para os planos de adaptação à mudança do clima, da deputada Tabata Amaral, do PSB de São Paulo.