Foi realizada na Universidade Federal de São Carlos, a 34ª edição da Escola de Verão em Química, uma atividade organizada pelo Departamento de Química da UFSCar.
Segundo o professor Paulo Cézar Vieira, um dos organizadores, a escola tem como característica oferecer cursos na semana que antecede o carnaval. “A ideia é trazer os alunos para terem uma semana de cursos sobre tópicos que estão na fronteira do conhecimento”.
Este ano a Escola de Verão em química contou com 150 participantes, 30% eram estudantes da UFSCar, os outros eram alunos de diversas universidades do país. Além disso, contou a participação de cinco pesquisadores estrangeiros vindos da Espanha, Suíça, Inglaterra e Estados Unidos. “Nas primeiras edições da semana os palestrantes eram todos brasileiros, mas depois percebemos que seria importante trazer pessoas do exterior, com experiência em pesquisa para ministrar os cursos”.
Durante a semana os alunos tiveram a oportunidade de interagir com os pesquisadores estrangeiros, não só durante os cursos, mas também em atividades programadas fora da sala de aula. “Um coquetel foi realizado para que alunos e professores convidados passassem algumas horas juntos para conversarem sobre quaisquer temas. Esse foi um dos pontos altos da nossa escola este ano”, conta o professor Paulo Cezar.
Além de ser uma oportunidade de conhecer novas pessoas, essa interação auxilia os alunos a fazerem contato para uma possível oportunidade de estágio fora do país. “Temos alunos no Departamento de Química que já estagiaram com os professores da Inglaterra, dos Estados Unidos e da Espanha. Isso facilita o contato e dá mais tranqüilidade para a pessoa de fora, que sabe que vai chegar aqui e encontrar um ambiente favorável”.
Outro ponto importante foi a comunicação entre os alunos e professores convidados, que foi toda realizada em inglês. “Trouxemos aqui professores que se comunicaram com os alunos em inglês, isso significa que os alunos deveriam ter conhecimento básico da língua, não só para acompanhar as discussões do curso, mas para interagir com os professores”. A facilidade durante a comunicação chamou a atenção dos pesquisadores. “Eles não tinham essa expectativa antes de chegarem. “Isso serve de alerta para os estudantes que muitas vezes não percebem a importância de saber uma segunda língua, principalmente o inglês que é a língua de comunicação em ciência”, explica Paulo Cezar.
SOBRE A SEMANA – nas primeiras edições a atividade se chamava Escola de Verão em Química Orgânica, e acontecia durante duas semanas. “A partir da 27 ª semana passamos a realizá-la durante uma semana, com três cursos pela manhã e três a tarde. Essa foi a maior alteração que a atividade sofreu desde que foi criada”, conta Paulo Cezar.
A semana é organizada por um grupo de professores do Departamento de Química, com auxilio financeiro da Fapesp, CNPQ e Capes, e tem como objetivo apresentar temas que abranjam várias áreas da química. “A ideia é criar um ambiente acadêmico para que haja uma interação muito forte entre os professores com suas experiências e nossos alunos que estão aqui procurando informações, procurando se formar melhor e se aprofundar em determinadas áreas do conhecimento”.
Para 2015 a comissão organizadora já está trabalhando para que a atividade aconteça na semana que antecede o carnaval.