Centenas de sequências genômicas de cânceres de diferentes pessoas serão publicadas este ano. Nos próximos anos, serão milhares. A produção de tamanha base de dados, resultado de trabalhos coordenados pelo Consórcio Internacional do Genoma do Câncer ICGC, na sigla em inglês, é considerada um marco na pesquisa da doença. Em artigo publicado ontem, da revista Nature, os mais de 200 integrantes descrevem objetivos, metas e conquistas obtidas pelo consórcio lançado há um ano por cientistas de instituições de dez países.
Em alguns anos o pa ciente poderá ter um tratamento totalmente personalisado, baseado nas informações obtidas do sequenciamento de seu tumor. Estamos vivendo uma revolução na maneira com que fazemos pesquisa sobre o câncer. No passado, o desafio era gerar informações. Hoje, os desafios são administrar o volume de dados gerados e encontrar maneiras de interpretá-los, testá-los e aplicá-los de modo adequado, disse Andrew Blankin, do Instituto Garvan de Pesquisa Médica, na Austrália, um dos pesquisadores do ICGC.
Agência Fapesp