Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Instituto Butantan, em artigo publicado no Journal of Proteome Research, divulgaram os resultados de um estudo usando o veneno da tarântula laranja (Acanthoscurria juruenicola), espécie de aranha nativa da Amazônia, de acordo com as pesquisas, as toxinas encontradas nesta espécie, possuem ingredientes ativos de produtos farmacêuticos e inseticidas.
De acordo com o engenheiro químico e professor da Faculdade de Medicina da Unifesp (EPM), Alexandre Tashima, as aranhas têm quantidades muito pequenas de veneno e apenas com o uso de tecnologia suficientemente sensível foi possível identificar todas as toxinas que elas produzem. Os estudiosos identificaram 92 proteínas no veneno da aranha.
Os pesquisadores disseram ainda que a espécie foi descrita pela primeira vez há pelo menos cem anos, mas só agora foi produzida uma caracterização de seu veneno. Foram encontradas três peptídeos ricos em cisteína (CRPs), comuns em toxinas de aranhas, do gênero (Acanthoscurria) que podem se tornar ingredientes ativos na criação de produtos farmacêuticos e inseticidas biológicos, diz o estudo.