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Testes em massa são eficazes no combate ao novo coronavírus conforme aponta dados (90 notícias)

Publicado em 13 de agosto de 2020

Os dados epidemiológicos de vários países estão apontando para a importância da realização de testes em massa no combate à covid-19. Os testes identificam pessoas positivas, sintomáticas ou não, que devem ficar em isolamento, e os contatos que tiveram nos últimos dias para também isolá-los, caso estejam infectados.

Contudo a testagem em massa ainda é um desafio para nosso país. O Brasil está bem distante dos outros países na identificação de positivos. Enquanto Reino Unido, Espanha, Bélgica, Estados Unidos e Rússia testaram mais de 10% da população e Peru, Chile e China investigaram 6%, o Brasil testou apenas 1,5% das pessoas.

No que diz respeito a testagem em massa o Centro de Pesquisas do Genoma Humano e Células-Tronco do Instituto de Biociências da USP está pesquisando um teste por meio da saliva que pode ser uma alternativa ao RT-PCR. Chamado de RT-Lamp, ele apresenta métodos mais simples. A pesquisa está em fase final de desenvolvimento e conta com apoios importantes da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) e da empresa brasileira JBS, atua agora em duas frentes

A primeira diferença entre os testes é o processo por autocoleta. De forma indolor e não invasiva, o próprio paciente pode recolher sua saliva em um tubo de ensaio. Isso também significa menor risco de infecção, pois não há necessidade da retirada das amostras de nasofaringe por um profissional. O teste é mais rápido, pois fornece o resultado entre 30 a 40 minutos. Já o RT-PCR precisa de, no mínimo, duas horas. A precisão dos dois tipos de teste é semelhante.

Maria Rita Passos-Bueno, pesquisadora do Centro de Estudos do Genoma Human, defende a ampliação e a descentralização dos pontos de testagem, com a inclusão dos laboratórios de referência das universidades. “No caso das universidades, um dos caminhos é o oferecimento da tecnologia para os laboratórios. Mas elas poderiam oferecer o teste que criaram. Esses centros possuem infraestrutura adequada e profissionais capacitados”, observa, citando o exemplo da Universidade de Oxford como um dos centros que ofertaram os testes na Inglaterra.