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Teste do Pezinho pode detectar mais de 40 tipos de doenças (1 notícias)

Publicado em 07 de julho de 2009

Por Geórgia Santos

O Teste do Pezinho se tornou um exame de extrema necessidade para os recém-nascidos. Chamado também de triagem neonatal, detecta precocemente doenças que podem levar à deficiência intelectual, que poderão causar alterações no desenvolvimento do bebê. O exame agora vem com uma novidade: pode detectar 42 tipos de doenças.

Chamado de Teste do Pezinho devido ao fato de a coleta do sangue ser feita a partir de um furinho no calcanhar do bebê, esse exame é realizado em grande parte nas maternidades quando o bebê completa 48 horas de vida. Hoje em dia existem vários tipos deste exame, que difere somente pela quantidade de doenças que podem ser descobertas. O Teste do Pezinho Básico detecta de cinco a seis doenças, como a Hemoglobinopatia, o Hipotireoidismo e Fenilcetonúria; este é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A novidade são os testes mais abrangentes, disponíveis somente em laboratórios particulares, que detectam um número maior de doenças. O Teste do Pezinho Plus descobre 10 tipos diferentes de problemas e pode ser feito através de convênios ou particular. O outro tipo é o Teste do Pezinho Expandido, que pode mostrar 42 tipos de doenças diferentes, porém, este exame está disponível somente na rede particular de saúde. Geralmente, quanto maior o número de doenças detectadas, mais caro é o exame. Existem ainda exames complementares que também podem ser realizados com o sangue do papel filtro do teste do pezinho.

Semelhante ao Teste Expandido oferecido aqui em Minas Gerais, em São Paulo é realizado pela Apae a Espectrometria de Massas, mais conhecida como Teste do Pezinho SUPER, que detecta 46 patologias.

"O tipo mais básico do teste do pezinho detecta doenças que podem ser diagnosticadas até o primeiro mês de idade. Já os mais avançados apontam doenças que podem ser descobertas até o sexto mês de vida da criança. Porém, isso não significa que seja menos importante que o de costume nas maternidades", explica o médico pediatra Sandro Penna Corrêa.

Indispensável - Para quem não sabe, o Teste do Pezinho é obrigatório por lei em todo o Brasil e a simples atitude de se realizar o exame faz com que doenças causadoras de sequelas irreparáveis no desenvolvimento mental e físico da criança sejam detectadas e tratadas mesmo antes do aparecimento dos sintomas. O diagnóstico precoce oferece condições de um tratamento iniciado nas primeiras semanas de vida do bebê, evitando a deficiência mental. A deficiência, uma vez presente no corpo, já não pode ser curada. 

Privação de sono causa alterações nos genes

Estudo conduzido na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra como a privação de sono REM (aquele relacionado ao sonho) causa alterações genéticas. E, após o período de descanso posterior, os efeitos não são totalmente revertidos.

De acordo com o experimento, ratos privados por 96 horas do sono REM – fase que ocorre, em humanos, predominantemente na segunda metade da noite e que cientistas acreditam estar relacionada às funções cognitivas como atenção e memória, entre outras funções - apresentaram modificações em 78 genes transcritos. Depois de 24 horas de descanso, 62% dos genes tiveram sua expressão normalizada.

O estudo foi publicado na revista "Behaviourial Brain Research". A pesquisa foi feita no Instituto do Sono, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fundação de Amparo e Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O córtex cerebral dos animais foi analisado em "microarrays" – lâminas preparadas com arranjo de fragmentos de RNA – e os dados foram validados com uma técnica chamada reação de polimerase em cadeia em tempo real (RT-qPCR, na sigla em inglês).

Uma das autoras do estudo, Camila Guindalini, explica que estudos anteriores já haviam demonstrado que algumas das alterações biológicas causadas pela privação de sono REM não são completamente revertidas depois de um período de rebote de sono - termo utilizado para indicar o fenômeno de um sono mais intenso após um período de privação.

"Sabemos que depois de 96 horas de privação de sono REM o animal não pode voltar à situação normal após o rebote. Ele pode demorar até dez dias para recuperar as condições anteriores. Um outro trabalho, por exemplo, mostrava que fêmeas privadas do sono por 96 horas, durante uma fase específica do ciclo estral, tinham o ciclo interrompido por dez dias", afirmou à Agência Fapesp.

O novo trabalho mostrou que as alterações verificadas nos animais após a privação de sono REM têm uma base molecular no cérebro. Com isso, os dados obtidos forneceram um conjunto de transcritos que podem estar relacionados à regulação do sono REM e à base biológica de distúrbios do sono. A pesquisadora diz que agora o grupo pretende estudar as alterações em outras áreas do cérebro além do córtex. 

Células de gordura produzem proteína que protege contra o diabetes, diz estudo

Um estudo da Universidade de Harvard, nos EUA, indica que altos níveis sanguíneos de uma proteína chamada adiponectina, que é produzida por células de gordura, podem reduzir os riscos de diabetes tipo 2. A revisão de 13 estudos, incluindo 15 mil voluntários, mostrou que pessoas com mais altos níveis da proteína - que tem propriedades anti-inflamatórias e aumenta a sensibilidade à insulina - têm menos risco de desenvolver a doença.

Os pesquisadores lembram que uma sensibilidade à insulina reduzida está relacionada ao desenvolvimento do diabetes tipo 2. E os resultados das análises, indicando que uma proteína produzida por células de gordura aumenta essa sensibilidade, ajudam a mostrar que a obesidade sozinha não explica completamente o risco de diabetes.

De acordo com especialistas, os níveis de adiponectina podem ser aumentados com medicação ou intervenções no estilo de vida. E, como "a adiponectina está entre os mais fortes e mais consistentes preditores bioquímicos de diabetes tipo 2", essa pode ser uma abordagem promissora para prevenção da doença. 

Estudo associa estresse a ganho de peso

O estresse no trabalho, relações sociais tensas e a preocupação excessiva com as dívidas podem contribuir para o ganho de peso, segundo especialistas da Universidade de Harvard, nos EUA. "A economia está estressando as pessoas, e o estresse tem sido associado a diversas doenças - como doença cardíaca, pressão alta e aumento do risco de câncer", destacam os autores. No estudo, a análise de mais de 1,3 mil pessoas indicou que o estresse relacionado às demandas no trabalho e à dificuldade de pagar as contas estaria associado ao ganho de peso em homens e mulheres.