O tratamento para câncer de pele, que está disponível há cerca de 10 anos no sistema privado, foi aprovado para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em julho deste ano. Segundo a dermatologista Ana Gabriela Sálvio, a ideia é usar essa tecnologia na fase inicial da doença. “O foco do nosso projeto é o carcinoma basocelular em fase inicial de tratamento, uma lesão pequena, com subtipo histológico específico para ser contemplado, para receber a terapia fotodinâmica”, explica.
A tecnologia foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo e já tratou mais de 5 mil lesões. Além do Brasil, esse aparelho também está presente em outros países da América Latina. De acordo com a Organização das Nações Unidas, o Brasil foi o país que mais investiu na técnica fotodinâmica no mundo, contando com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Saúde e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O pesquisador Vanderlei Salvador Bagnato, do Instituto Física São Carlos, da Universidade de São Paulo, explicou que esse tratamento já tinha baixo custo, porém ainda precisava ser mais acessível. “É um sucesso muito grande. Como é uma técnica relativamente barata e conveniente, fácil, que não exige grande infraestrutura, ela é especialmente adequada para o Sistema Único de Saúde, que precisa disponibilizar para um número muito grande de pessoas da sociedade”, afirmou.
Como funciona
As lesões não melanoma que começam a aparecer na fase inicial da doença são tratadas. Após ter a pomada absorvida pela pele, o paciente passa por uma terapia fotodinâmica, que mata as células cancerígenas. Em apenas duas sessões, de apenas 20 minutos, mais de 90% dos pacientes já podem sair curados.
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