A Era da Informação está em constante movimento e inovação. Isso se deve não só às novas aplicações ligadas a esse setor, mas também ao aprimoramento versátil dessa área. Estamos falando do desenvolvimento dos computadores quânticos.
Para falar sobre essas perspectivas, a Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, através do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc). Realizou a SPCoding School de 19/01/2015 a 30/01/2015.
A cerimônia aconteceu no ambiente do programa Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), da FAPESP, que disponibilizou fundos para organização de cursos de curta duração em tópicos avançados de ciência e tecnologia no estado de São Paulo.
A diferença entre computadores atuais e os quânticos é que os primeiros usam o bit, a menor unidade de dados que pode ser armazenada ou enviada. Já para os quânticos são os qubits, que acompanham as características da mecânica quântica, ramo da física que trata das grandezas próximas ou abaixo da escala atômica.
Com essa nova tecnologia, os computadores podem efetivar concomitantemente uma quantidade bem maior de cálculos.
Segundo Sueli Irene Rodrigues Costa, professora do IMECC, compreender o entendimento quântico da informação faz-se necessário atribuir uma complexidade à sua codificação. Entretanto, no mesmo momento em que análises complexas, que demandariam décadas, séculos ou até milhares de anos, para serem realizadas em computadores comuns, poderiam ser feitas em minutos por computadores quânticos, como também essa tecnologia ameaçaria o segredo de informações que não foram necessariamente protegidas contra esse tipo de novidade.
A maior advertência dos computadores quânticos se deve à criptografia atual está na sua capacidade de quebrar os códigos usados na proteção de informações notável como, por exemplo, as de cartão de crédito.
Segundo Rodrigues Costa, coordenador do projeto Temático “Segurança e confiabilidade da informação: teoria e prática”, patrocinada pela FAPESP, a teoria da informação e a codificação necessitam está na vanguarda do uso comercial da computação quântica.
Ainda segundo a teoria quântica, os procedimentos criptográficos em vigor na se sustentariam aos computadores quânticos por não apresentarem segurança. Há uma certa urgência pelo desenvolvimento de alternativas preparadas para a capacidade da computação quântica também alavancar a teoria da informação a crescer cada vez mais em diversas direções.
Para Rodrigues Costa a evolução da teoria da informação em contraponto ao desenvolvimento da computação quântica provocará revoluções em várias áreas do conhecimento.
Uma das aplicações da codificação quântica, em contraponto das múltiplas aplicações da teoria da informação na atualidade, seria a elevação de diversas áreas da ciência a novos estágios por possibilitar cálculos computacionais ainda mais precisos no mundo físico, lidando com uma quantidade estratosfericamente maior de variáveis em comparação aos computadores clássicos, disse Rodrigues.
Há ainda aplicações da teoria quântica no ramo da biologia, a exemplo disso, no campo da neurociência que apresenta questionamentos importantes que podem ser solucionados com a ajuda da teoria da informação. Isso porque ainda não se sabe como os neurônios se comunicam entre si, como o cérebro funciona em sua plenitude e as redes neurais são um campo de estudo valioso do ponto de vista matemático, da mesma forma como a biologia moléculas.
Conforme Max Costa, Professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp, diz que os seres vivos são feitos de informações. Segundo ele os seres humanos são codificados por meio do DNA das células. Desvendar o segredo que existe por trás dos mapeamentos que são obtidos e registrados é um problema de enorme interesse para a compreensão mais profunda do processo da vida.