Na edição passada, com orgulho o JPH, anunciou através desta coluna, "quando foi comunicado publicamente em nota oficial pelo Ministério da Saúde; que o numero de fumantes no Brasil agora é só de 15%, ou seja, em cada 100 brasileiros apenas 15 usam o maldito tabaco, conforme reportei no final da matéria anterior. Em cinco anos isto aconteceu entre os brasileiros inteligentes que estão querendo viver mais e com qualidade de vida". Recebi vários e-mails de leitores surpresos com a boa noticia. Mas como nem tudo em nosso país, são flores, nosso atento redator chefe Eduardo Borgerth Teixeira, de imediato nos lembrando também via e-mail; atentarmos-nos que nesta mesma semana, o Brasil foi apontado como o segundo maior consumidor de cocaína no mundo e o primeiro em crack. E com respeito me alertou: "E não demos sequer uma linha sobre esta revelação na tua coluna, pensei que fosses abordar o tema". A bem da verdade caro leitor esclareci até para minha esposa Soraia que já estava pesquisando e tentando entender esta novíssima e vergonhosa notícia do MS; reportando também que um em cada 100 brasileiros adulto usaram crack no último ano.
Se considerada também a forma em pó da cocaína, seriam nada mais nada menos que seis milhões de pessoas, ou seja, 4% da população com mais de 18 anos, já experimentaram esta droga. Dessas 2,8 milhões fizeram uso nos 12 meses passados. Os números foram divulgados por uma das fontes mais confiáveis do Brasil; pela Universidade Federal de São Paulo, que elaborou o minucioso Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD), que avalizado pela OMS - colocou o nosso querido Brasil como segundo consumidor mundial de cocaína e derivados. Atrás apenas dos Estados Unidos, em números absolutos de usuários.
O Brasil é apontado como o maior mercado de crack, com a marca de um milhão de pessoas utilizando a substância
O que de pior revela estes números é o publico alvo que teve o primeiro contato com as drogas, jovens antes dos 18 anos, sendo que um em cada 100 brasileiros adultos usou crack no último ano se considerada também a forma em pó da cocaína. Com certeza atingiu nada mais nada menos que seis milhões de pessoas, ou seja, 4% da nossa população como acima redigimos. Infelizmente o Brasil é ainda apontado; sermos o maior mercado de crack, com a marca de mais de um milhão de pessoas utilizando a nociva substância.
É por isto que passamos a convocar a tribo do bem, para de imediato, até em sua rede social, ONGs ou pessoalmente lembrar que somente juntos, poderemos vencer também esta batalha, através de múltiplas campanhas e ações de prevenção e tratamento, visto ter ficado claro até nesta matéria que a pesquisa [do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas - INPAD] não foi financiada pelo Governo Federal, mas pela própria Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo; a quem rendemos elogios e que como outras vezes, teve infelizmente o CNPq, este sim do G.F., o papel apenas de coadjuvante, mesmo sendo pago para ser protagonista.
O que mais nos apavora é a constatação desta pesquisa cheia de números assustadores e que deste grande total; 27% afirmaram usar mais de duas vezes por semana, 30% disseram ter vontade de parar e 10% chegaram a procurar algum tratamento. Mas sabemos que a cobertura é pequena para essa minoria que chega. Imagine o tamanho do desafio que é ter uma rede preparada para atender a todos, alerta a psicóloga Ilana Pinsky da (ABEAD). E enquanto isto, o CRER-VIP e tantas outras boas e dedicadas instituição, povoadas de verdadeiros cristãos voluntários, sucumbe por desassistência daqueles que só falam, falam... Criando nos gabinetes normas e mais normas. Fazendo reuniões e mais reuniões, e de quando em quando aparecem, não para colaborar com o norte de suprir as nossas carências, mas para fiscalizar as nossas ineficiências materiais. Mesmo com todo tipo de engessamento e com estas observações continuamos; quem sabe como ensina a canção de John Lennon... "Um dia nos unamos para fazer um mundo melhor..."
*é Presidente Nacional das Comunidades Terapêuticas CRER-VIP e da ALAB. Ajudem recuperar crianças e adolescentes vitimas do álcool das drogas. SOS: CRER-VIP (22-2620-0687)8833-2181
[OBS: pesquisa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas - INPAD]