Ele estava internado desde abril por causa de problemas na medula óssea
O professor universitário e crítico de arte José Teixeira Coelho Netto morreu na madrugada deste sábado (4.jun), em São Paulo. Aos 78 anos, ele, que foi diretor do Museu de Arte de São Paulo (Masp), estava internado desde abril devido ao agravamento de mielodisplasia, condição que provoca a falência da medula óssea.
Em mensagem divulgada no Instagram, o Masp "lamentou profundamente" a morte de Teixeira Coelho. Além disso, a equipe do museu lembrou que o acadêmico e pesquisador contou com mais trabalhos no meio cultural. Entre outras funções, ele foi diretor do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP) e professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP.
Teixeira Coelho estava em tratamento contra a mielodisplasia desde o ano passado. Ele chegou a enfrentar sessões de quimioterapia. Em fevereiro deste ano, recebeu transplante de medula. No entanto, seu quadro clínico se agravou em abril, quando foi internado.
O corpo do crítico de arte está sendo velado neste sábado no bairro do Morumbi, na capital paulista.
Bagagem acadêmica e escritor premiado
José Teixeira Coelho Netto era pós-doutorado pela University of Maryland, dos Estados Unidos. Ele ainda ostentava os títulos de doutor em Letras, mestre em Ciências da Comunicação (ambos pela USP) e especialização em Direito pela Universidade de Guarulhos (SP), lembra a Fapesp. Na USP, ele tornou-se professor emérito em 2015. Também lecionou na Universidade Mackenzie, onde deu aulas sobre Teoria da Informação, Percepção Estética e História da Arte.
Fora da sala de aula, Teixeira Coelho foi curador, co-curador e curador-chefe de dezenas de exposições no Brasil e no mundo. Além disso, ganhou status de escritor premiado. Entre as suas obras -- no campo da arte e da cultura -- está História Natural da Ditadura (Iluminuras, 2006), que lhe rendeu o Prêmio Portugal Telecom de 2007.