Notícia

Planeta Sustentável

Tecnologia brasileira, também, em arquibancadas holandesas

Publicado em 27 fevereiro 2012

O estádio do clube Ajax, da Amsterdam Arena, será o primeiro a receber os assentos de açúcar em maio de 2012. Inicialmente, serão apenas duas mil cadeiras durante a fase teste, e a substituição dos 54 mil assentos estará completa daqui a dois anos. Nesse meio tempo, em Salvador, o estádio Arena Fonte Nova finaliza as obras e deverá ser o primeiro do mundo a ter uma completa arquibancada feita de bioplástico, ainda sem data definida. Os estádios Arena das Dunas, em Natal, e Arena Pernambuco, em Recife, também já sinalizaram o interesse pelos assentos considerados sustentáveis por serem feitos de matéria-prima renovável, substituir o uso do petróleo e, também, porque, durante o plantio, cerca de 2,5 toneladas de CO2 são capturados da atmosfera.

O grupo Amsterdam Arena é responsável por desenvolver o plano empresarial para as arenas de Salvador e Natal. Arenas e não estádios de futebol porque trata-se de espaços mais democráticos, que podem realizar atividades poliesportivas com públicos menores, ao contrário dos estádios que realizam apenas jogos de futebol e exigem uma multidão para lotar as arquibancadas. A arena em Salvador, por exemplo, terá um espaço reservado para empresas empreendedoras, algo como um "hub center". Sander Van Stiphout, diretor do Amsterdam Arena, esclarece que no Brasil o grupo está ligado aos planos de gestão de negócios, sendo responsável pela operacionalização destes estádios depois de inaugurados - faz parcerias, firma patrocínios, gera renda e lidera todos os funcionários para que saibam o que, quando e como realizar suas tarefas.

Desafio da sustentabilidade

Desde a última Copa do Mundo, a Fifa desenvolve o programa de sustentabilidade "Green Goal" por meio do qual solicita o uso de tecnologias renováveis em estádios. A vantagem também é econômica, pois o preço da resina brasileira é competitivo com o plástico comum,e as propriedades físicas e químicas são idênticas. Batizado como "plástico verde", o polietileno só existe em escala comercial no Brasil, e é fruto do trabalho de pesquisa da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em parceria com a Braskem. Já a confecção do assento, para o estádio Ajax, compete a uma outra empresa no Reino Unido.

Para a produção da resina do bioplástico, a Braskem compra o etanol, cuja soma total corresponde a 3% da produção nacional. e consumiu 700 milhões de litros de etanol anidro em 2011, o suficiente para produzir 200 toneladas de bioplástico. A expectativa para a recente indústria da resina verde é de forte crescimento, uma vez que a exportação do novo produto não sofre qualquer tipo de barreira comercial quando entra na Europa - é negociada da mesma forma que a resina convencional, oriunda do petróleo. Cenário oposto ao do biocombustível etanol, que sofre taxação alfandegária.

"Verde" que não te quero verde

Sobre o prazo para conclusão da nova arquibancada - dois anos - Van Stiphout se mostra cauteloso. "Precisamos nos assegurar de que todos os requisitos de sustentabilidade estão recebendo a devida atenção e aí partimos para a troca dos assentos. Agora, a nova negociação com a Braskem é sobre a possibilidade de termos os assentos em Salvador", responde o diretor. O Amsterdam Arena foi o primeiro estádio de grande dimensão a solidificar o conceito de multifuncionalidade, ou seja, gerar renda através de diversos tipos de eventos. O aumento na receita ajuda a baratear o preço da entrada dos jogos.

Ainda não foi definido o destino dos assentos antigos, mas é bem possível que tenham um final feliz. A intenção é usá-los no museu do clube já que, "para os torcedores, eles têm valor sentimental. Foi nesses assentos que sentaram para ver todos os jogos até agora", revela Van Stiphout. Os torcedores do Ajax apóiam a campanha pelos assentos "verdes", mas desde que eles não sejam verdes, literalmente: as cores do clube são vermelho e branco.

O estádio do clube Ajax, da Amsterdam Arena, será o primeiro a receber os assentos de açúcar em maio de 2012. Inicialmente, serão apenas duas mil cadeiras durante a fase teste, e a substituição dos 54 mil assentos estará completa daqui a dois anos. Nesse meio tempo, em Salvador, o estádio Arena Fonte Nova finaliza as obras e deverá ser o primeiro do mundo a ter uma completa arquibancada feita de bioplástico, ainda sem data definida. Os estádios Arena das Dunas, em Natal, e Arena Pernambuco, em Recife, também já sinalizaram o interesse pelos assentos considerados sustentáveis por serem feitos de matéria-prima renovável, substituir o uso do petróleo e, também, porque, durante o plantio, cerca de 2,5 toneladas de CO2 são capturados da atmosfera.

O grupo Amsterdam Arena é responsável por desenvolver o plano empresarial para as arenas de Salvador e Natal. Arenas e não estádios de futebol porque trata-se de espaços mais democráticos, que podem realizar atividades poliesportivas com públicos menores, ao contrário dos estádios que realizam apenas jogos de futebol e exigem uma multidão para lotar as arquibancadas. A arena em Salvador, por exemplo, terá um espaço reservado para empresas empreendedoras, algo como um "hub center". Sander Van Stiphout, diretor do Amsterdam Arena, esclarece que no Brasil o grupo está ligado aos planos de gestão de negócios, sendo responsável pela operacionalização destes estádios depois de inaugurados - faz parcerias, firma patrocínios, gera renda e lidera todos os funcionários para que saibam o que, quando e como realizar suas tarefas.

Desafio da sustentabilidade

Desde a última Copa do Mundo, a Fifa desenvolve o programa de sustentabilidade "Green Goal" por meio do qual solicita o uso de tecnologias renováveis em estádios. A vantagem também é econômica, pois o preço da resina brasileira é competitivo com o plástico comum,e as propriedades físicas e químicas são idênticas. Batizado como "plástico verde", o polietileno só existe em escala comercial no Brasil, e é fruto do trabalho de pesquisa da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em parceria com a Braskem. Já a confecção do assento, para o estádio Ajax, compete a uma outra empresa no Reino Unido.

Para a produção da resina do bioplástico, a Braskem compra o etanol, cuja soma total corresponde a 3% da produção nacional. e consumiu 700 milhões de litros de etanol anidro em 2011, o suficiente para produzir 200 toneladas de bioplástico. A expectativa para a recente indústria da resina verde é de forte crescimento, uma vez que a exportação do novo produto não sofre qualquer tipo de barreira comercial quando entra na Europa - é negociada da mesma forma que a resina convencional, oriunda do petróleo. Cenário oposto ao do biocombustível etanol, que sofre taxação alfandegária.

"Verde" que não te quero verde

Sobre o prazo para conclusão da nova arquibancada - dois anos - Van Stiphout se mostra cauteloso. "Precisamos nos assegurar de que todos os requisitos de sustentabilidade estão recebendo a devida atenção e aí partimos para a troca dos assentos. Agora, a nova negociação com a Braskem é sobre a possibilidade de termos os assentos em Salvador", responde o diretor. O Amsterdam Arena foi o primeiro estádio de grande dimensão a solidificar o conceito de multifuncionalidade, ou seja, gerar renda através de diversos tipos de eventos. O aumento na receita ajuda a baratear o preço da entrada dos jogos.

Ainda não foi definido o destino dos assentos antigos, mas é bem possível que tenham um final feliz. A intenção é usá-los no museu do clube já que, "para os torcedores, eles têm valor sentimental. Foi nesses assentos que sentaram para ver todos os jogos até agora", revela Van Stiphout. Os torcedores do Ajax apóiam a campanha pelos assentos "verdes", mas desde que eles não sejam verdes, literalmente: as cores do clube são vermelho e branco.