Ainda tímidas, mas consistentes, as iniciativas e parcerias de associações, institutos e entidades representativas para incentivar o desenvolvimento tecnológico das pequenas e microempresas têm mostrado resultados.
Nesse sentido, um dos programas que mais tem trazido a satisfação dos pequenos é o Projeto de Unidades Móveis de Atendimento às Micro e Pequenas Empresas (Prumo), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT-USP).
Foi depois da visita da unidade móvel que o proprietário da Mebuki conseguiu aprimorar a qualidade de seu kit para banheiro. A solução foi adequar ferramentas e a temperatura de fabricação.
Na Platimóbile, fabricante de peças para a indústria moveleira, as adequações demoraram quase dois meses para serem postas em prática. Mas o efeito veio rápido. O empresário já planeja aumentar a produção.
ATENDIMENTO É FEITO NA FÁBRICA
Técnicos do Prumo passam alguns dias nas empresas até encontrar solução.
Se depender do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), os pequenos e microempresários que atuam no setor de plásticos não encontrarão mais dificuldades em ter a acesso a serviços e informações para modernizar suas empresas negócios com uso de tecnologia de ponta.
As primeiras experiências foram realizadas com indústrias do setor de transformação. A estimativa inicial era atender 350 empresas num período de 24 meses.
O segmento foi escolhido por seu potencial: possui 3,5 mil empresas no Estado de São Paulo; 90% delas de micro e pequeno porte. O Prumo opera com duas vans dotadas de equipamentos laboratoriais para avaliações técnicas, um engenheiro e um técnico em transformação de plásticos. Cada veículo exigiu investimentos de US$ 350 mil dólares.
Quando o empresário entra em contato com o Prumo e apresenta os problemas da a linha de produção, são agendados dia e horário para a visita da equipe.
O laboratório móvel permanece em na empresa de um a três dias, realizando testes e avaliações até encontrar possíveis soluções para os casos. O valor da prestação do serviço é estabelecido no momento do contato.
Mesmo depois da conclusão dos trabalhos, o Prumo acompanha os resultados das pesquisas feitas nas unidades móveis.
Foi assim que a Fepla Ferramentarias Plásticas, fabricante de válvulas para spray, conseguiu substituir a importação de 3 milhões de peças por mês e economizar R$ 12 milhões por ano.
Depois da visita de dois dias do Prumo, a Fepla Ferramentaria trocou a matéria-prima que utilizava, ajustou os moldes e o processo de produção.
A substituição da matéria-prima também foi a solução encontrada pelos técnicos do Promo para os tapetes de banheiro produzidos pela Emiplast.
PROJETO ATENDEU MAIS DE 100 EMPRESÁRIOS
A parceria entre o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a iniciativa privada levou soluções a mais de cem pequenos e microempresários.
Esse programa consiste em unir a tecnologia do IPT com a ambição do Instituto Nacional do Plástico (INP)
de aprimorar a qualidade dos produtos plásticos brasileiros de pequenas e médias empresas e aumentar a disputa pelo mercado internacional.
Parcerias - Trata-se da tecnologia delivery. É um trabalho com a participação também do próprio INP, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Serviço de Apoio às Pequenas e Microempresas de São Paulo (Sebrae-SP).
Logo após o lançamento do projeto, em menos de três meses, foram diagnosticadas 89 pequenas e médias empresas de transformação do plástico para atendimento imediato.
O Sebrae-SP responsabiliza-se por pagar, em média, R$ 2 mil por atendimento.
Os R$ 900 restantes ficam a cargo do empreendedor.
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FAPESP Na Mídia