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Técnica com luz e inteligência artificial é eficaz na seleção de sementes imaturas de soja, mostra estudo (20 notícias)

Publicado em 11 de agosto de 2022

Historicamente baseado na tradição e na experiência, o processo de decisão do produtor rural vem sendo transformado nos últimos anos por inovações tecnológicas, buscando escala de produção e soluções para desafios provocados por pragas, limitações naturais de plantios e até impactos das mudanças climáticas.

Uma técnica desenvolvida por pesquisadores brasileiros pode agora ajudar a selecionar sementes de leguminosas de acordo com as fases de maturação, garantindo qualidade fisiológica sem destruir as amostras.

Os cientistas usaram luz e inteligência artificial, demonstrando que a fluorescência das clorofilas é um método eficaz e confiável para apontar o nível de maturidade das sementes de soja. O resultado, validado por meio de algoritmos computacionais, gerou uma nova técnica que pode ser usada na triagem de lotes comerciais da semente.

Quanto mais imaturas forem as sementes, identificadas pela cor esverdeada, menor o vigor e o poder de germinar, reduzindo a qualidade. Por isso, lotes com mais de 8% de sementes de soja esverdeadas estão sujeitos a um menor valor no mercado e não podem ser destinados à exportação. Atualmente, o processo de análise de qualidade das sementes, exigido por lei, é feito manualmente por um técnico credenciado pelo Ministério da Agricultura. A separação visual é realizada pela cor – as verdes são descartadas. Nesta avaliação, a semente é destruída, gerando resíduos.

O trabalho é parte da tese de doutorado de Thiago barbosa Batista, desenvolvida com apoio da FAPESP sob a supervisão do professor Edvaldo Aparecido Amaral da Silva, da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu.