Peça integra a Trilogia da Indignação e terá direção de Janaína Leite. Evento faz parte do projeto Teatro Kaus – Da América Latina À Espanha – Dez Anos De Dramaturgia Hispânica, contemplado pela 30ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo da Secretaria Municipal de Cultura
O Teatro Kaus Cia Experimental realiza a leitura da peça CONTRA O AMOR, texto inédito do dramaturgo espanhol Esteve Soler, no dia 18 de setembro, terça-feira, às 20h, na OFICINA CULTURAL OSWALD DE ANDRADE (instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, gerenciada pela Poiesis), com entrada franca. A leitura tem direção de Janaína Leite, convidada do projeto para dirigir o elenco do Teatro Kaus, composto por Alessandro Hernandez, Amália Pereira e Vera Monteiro.
Escrita em 2009, a peça CONTRA O AMOR reúne sete cenas burlescas, e faz parte da Trilogia da Indignação, que inclui também as peças Contra o Progresso e Contra a democracia, que também participam do ciclo de leituras. Os textos da Trilogia da Indignação foram traduzidos para 17 idiomas e encenados em vários países pelo mundo, somando cerca de 70 montagens.
CONTRA O AMOR apresenta sete cenas que combinam humor, ironia e veneno, e mostram como o sistema perverteu o conceito de amor, transformando-o em algo quase monstruoso. “Em Contra a Democracia (2010), as cenas são de Grand Guignol, em Contra o Progresso (2010) são cenas surrealistas”, afirma o autor Esteve Soler, que escreve as peças sempre no formato de sete cenas curtas.
“Que as minhas obras tenham cenas curtas é algo relevante, devido ao seu significado metafórico e sua eficácia concreta. Mas, para mim também é muito importante a mistura de gêneros sempre existentes nos textos, isto é, a luta presente entre o cômico e o aterrorizante”, finaliza o autor, que também escreveu a Trilogia da Revolução: Contra a Liberdade, Contra a Igualdade e Contra a Fratenidade.
Evento faz parte do projeto Teatro Kaus – Da América Latina À Espanha – Dez Anos de Dramaturgia Hispânica, contemplado pela 30ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo da Secretaria Municipal de Cultura. Durante o projeto serão realizados, além do ciclo de leituras de dramaturgia hispânica, um de ciclo de debates, espetáculos e a publicação de um livro.
Esteve Soler: Dramaturgo formado pelo Instituto de Teatro, sala Beckett, onde leciona dramaturgia, nasceu em Barcelona, em 1976. Desde 2008, sua Trilogia da Indignação formada pelas obras Contra o progresso, Contra o amor e Contra a democracia, foi traduzida e disponibilizada em 17 idiomas (catalão, inglês, francês, alemã, castelhano, grego, italiano, danés, romano, checo, húngaro, russo, croata, português, esloveno, sueco y finlandês), foram encenadas por mais de 70 diretores e grupos em países como Alemanha, Estados Unidos, França, România, Suíça, Áustria, Grécia, Venezuela e Chile. Participou das edições dos festivais Theatertreffen e Literatur, ambos em Berlim, do festival La Mousson d’Été, na França, em duas edições. Algumas de suas obras foram montadas pelo Teatro Nacional de Catalunha e o Teatre Lliure. Contra la democracia recebeu o prêmio Serra d’Or, em 2012, como melhor texto teatral do ano, e Contra el progreso, recebeu o prêmio Godot, na França, como melhor obra do ano. Esteve Soler faz parte do projeto Fabulamundi Playwriting Europe. Sua segunda Trilogia, da Revolução engloba as peças Contra a Liberdade, Contra a Igualdade e Contra a Fraternidade.
Janaina Leite: Doutoranda no departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicação e Artes com pesquisa apoiada pela Fapesp. É atriz, diretora e dramaturgista e também uma das fundadoras do premiado Grupo XIX de Teatro (APCA, SHELL, BRAVO, NASCENTE, entre outros), companhia existente desde 2001 que participou dos principais festivais do país e de inúmeros no exterior em países tais quais França, Portugal, Cabo Verde, Inglaterra e Itália. Concebeu o espetáculo “Festa de Separação: um documentário cênico” e “Conversas com meu pai”, consolidando sua pesquisa sobre autobiografia e documentário no teatro. É também atriz e diretora dos espetáculos “Branco: o cheiro do lírio e do formol” criado com o apoio do edital Proac e estreado na MIT 2017” e “Teorema 21” do Grupo XIX de Teatro criado com apoio da Lei de Fomento. Coordenou os núcleos de estudo “Feminino Abjeto” (também com apoio da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de são Paulo) e “Memórias, arquivos e (auto)biografias” apoiado pela Lei de Fomento à dança. Ministra oficinas e cursos por todo o país em instituições como SESI, SESC, curso de pós-graduação do Célia Helena, entre outros. Fez parte da curadoria do Teatro da USP ( TUSP ) em 2016 e do espaço Kasuloe com o projeto Terças abertas promovido pela Cia Fragmento de dança com apoio da Lei de Fomento à Dança. Em 2017, lançou o livro “Autoescrituras performativas: do diário à cena” pela Editora Perspectiva e estreou o novo espetáculo do Grupo XIX de Teatro “Intervenção Dalloway – O rio dos malefícios do diabo” que contou com apoio da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
Teatro Kaus Cia. Experimental: Radicado em São Paulo desde outubro de 2001, o Teatro Kaus Cia Experimental foi criado em dezembro de 1998, em São José dos Campos, pelo ator e diretor Reginaldo Nascimento e pela atriz e jornalista Amália Pereira. Na capital paulista, a Cia. encenou as peças Hysterica Passio (2015/2017) e O Casal Palavrakis (2012/2014), ambas de Angélica Liddell; O Grande Cerimonial, de Fernando Arrabal (2010/2011); A Revolta, do argentino Santiago Serrano (2007); El Chingo, do venezuelano Edilio Peña (2007); Infiéis, do chileno Marco Antonio de la Parra (2006/2009); Vereda da Salvação, de Jorge Andrade (2005/2004) e Oração para um pé de chinelo, de Plínio Marcos (2002). Participou em julho de 2007 do XVIII Temporales Internacionales de Teatro, em Puerto Montt e da Lluvia de Teatro de Valdivia, ambas no Chile, apresentando a peça A Revolta. Em novembro de 2007, lançou o livro Cadernos do Kaus – O Teatro na América Latina, um registro documental sobre todas as ações do projeto Fronteiras – O Teatro na América Latina, realizado pelo grupo durante o ano de 2006 e 2007, beneficiado pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. No final de 2015 foi contemplada pela 3ª edição do Prêmio Zé Renato para circulação da peça Hysterica Passio.
Para Roteiro
CONTRA O PROGRESSO – Dia 18 de setembro de 2018, terça-feira, às 20h. Texto: Esteve Soler. Tradução: Hugo Villavicenzio. Direção: Janaína Leite. Com o Teatro Kaus Cia Experimental. Elenco: Alessandro Hernandez, Amália Pereira e Vera Monteiro. Duração: 80 minutos. Recomendação: 14 anos. Ingressos: Entrada Franca. Terça-feira, às 20h.
OFICINA CULTURAL OSWALD DE ANDRADE – Teatro – Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro. Telefone: 3221-4704. Capacidade 60 lugares. Bilheteria funciona uma hora antes do início do espetáculo. Ar condicionado. Café.