Vitopel leva papel sintético para a China
Feito a partir de resíduos plásticos coletados pelas cooperativas, catadores, entre outros, o papel sintético da Vitopel foi apresentado a executivos chineses e na feira de plástico de Chicago (EUA), em junho.
A primeira linha de produção que a Vitopel destinou para o desenvolvimento do seu papel sintético -inovação feita com resíduos plásticos reciclados -, está operando a todo vaporinforma o presidente da companhia José Ricardo Roriz Coelho, que embarca para a China, e depois Chicago, na busca de oportunidades para os negócios em torno da novidade. "Por ser um produto com forte apelo de sustentabilidade, estamos recebendo consultas de vários potenciais clientes internacionais", afirma o executivo.
Segundo Roriz Coelho, a Vitopel já enviou os primeiros lotes do papel sintético para o mercado gráfico brasileiro. O produto foi lançado no mês passado na Brasilplast, maior feira de plástico da América Latina. "Temos sido procurados por várias empresas e instituições que planejam imprimir seus materiais promocionais e institucionais com apelos mais sustentáveis", completa o executivo.
A Vitopel investe anualmente cerca de US$ 2 milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D). "Também detemos outras patentes de produtos criados para diversos mercados, como o de embalagem", lembra o presidente da empresa, José Ricardo Roriz Coelho. Maior companhia latino-americana e terceira no mundo na produção de filmes flexíveis, ela tem três fábricas - duas no Brasil e uma na Argentina -, produzindo anualmente 150 mil toneladas de filmes flexíveis de Bopp, a Vitopel prevê investimentos de US$ 55 milhões até 2010 na ampliação da produção.
Material resistente
O produto utiliza a tecnologia dos filmes flexíveis - usados em rótulos, embalagens, pet food, na indústria gráfica, entre outras aplicações -porém contendo diferentes tipos de polímeros em sua composição. O resultado é um material resistente, similar ao papel cuchê, que permite a escrita manual com canetas esferográficas, canetas de ponta porosa e lápis, e a impressão pelos processos gráficos editoriais usuais, como offset plana ou rotativa.
O grande diferencial da inovação é que não há no mundo outra tecnologia desenvolvida para usar diferentes plásticos reciclados - como o PP, PE, PVC, EVA - na composição do papel sintético. Vindo de garrafas descartadas, embalagens, frascos plásticos usados, entre outros, o material resulta em uma mistura homogênea, perfeita para a produção do filme. Graças a esse diferencial no desenvolvimento, o produto conquistou uma patente, depositada em nome dos três parceiros envolvidos: Vitopel, UFSCar e Fapesp.