Presente em alimentos como a castanha-do-pará e em menores quantidades na farinha de trigo e na carne bovina, o selênio pode reduzir o colesterol – o tipo de gordura que em excesso no sangue aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Pesquisadores da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA-USP), campus de Pirassununga, constataram que a suplementação da dieta de bovinos de corte com diferentes níveis e fontes do mineral diminuiu a produção da enzima que regula a síntese do colesterol no sangue e na carne dos animais.
Resultado de um projeto apoiado pela FAPESP e do trabalho de doutorado de Janaína Silveira da Silva na FZEA-USP, o estudo foi apresentado no 26º Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos (CBCTA). O evento foi realizado de 13 a 16 de agosto em Belém (PA).
“Não havia relatos na literatura científica sobre o efeito direto do selênio na enzima do colesterol, a HMG-CoA redutase, em animais. Em humanos, até então só tinham sido observados efeitos indiretos, como a atividade e a expressão gênica da enzima. É a primeira vez que se constatou que o mineral é capaz de diminuir a produção dessa enzima”, disse Marcus Antonio Zanetti, professor da FZEA-USP e coordenador do estudo, à Agência FAPESP.