A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo assinou, na tarde de ontem (22), um convênio de cooperação científica e tecnológica para desenvolvimento de pesquisas científicas na área de segurança pública. Um dos principais temas será o impacto do uso das câmaras corporais (COPs) pela Polícia Militar.
O acordo de cooperação envolve a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Universidade de São Paulo (USP), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Secretaria da Segurança, com duração de cinco anos.
Com um orçamento de R$ 18,6 milhões, o convênio tem o objetivo de criar novas ferramentas de inteligência artificial que auxiliem na tomada de decisões na área de segurança públicas. A FGV implantará o Centro de Estudos em Analytics e Políticas de Segurança, que receberá as informações compartilhadas pela pasta.
Os pesquisadores trabalharão em coprodução com as três polícias de São Paulo – Civil, Militar e Técnico-científica - para desenvolver ferramentas de big data e inteligência artificial que aprimorem a capacidade de prevenir e combater o crime e a violência. Caberá ao centro também acompanhar a incorporação de novas ferramentas e tecnologias, como as COPs, de forma a avaliar seus impactos na atividade policial, e assim potencializar os benefícios.
O secretário de Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, explicou que as imagens das câmeras representam um novo suporte ao trabalho dos policiais, e por isso devem ser estudadas.
“As câmeras corporais vieram para ficar. Elas documentam a legitimidade do trabalho dos policiais, são uma nova ferramenta para os comandantes melhorarem o desempenho da tropa, produzem provas para o sistema de justiça, além de contribuírem para reduzir a letalidade policial (em 65,6% nos batalhões em que foram adotadas) e as mortes em serviço. As pesquisas e estudos da FGV, USP e FAPESP certamente contribuirão para verificar esses e outros impactos positivos dessa nova arma a serviço da segurança pública”, afirmou o secretário Campos.
Cooperação
A secretaria designará 12 participantes que trabalharão em conjunto com a equipe de pesquisadores. O grupo de policiais, das três corporações, receberá bolsas de pós-graduação das universidades.