Até o momento, nenhum efeito grave foi registrado. A expectativa é de que a vacina chegue aos braços da população em 2025, mas, para andamento da pesquisa, é necessária a participação de voluntários. Vacina SpiN-TEC, da UFMG
CTVacinas
Na semana em que foi registrada alta de Covid no Brasil, a Anvisa liberou o início da penúltima fase dos testes da SpiN-Tec, a primeira vacina 100% brasileira contra a doença desenvolvida pelo Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG. A liberação foi publicada nesta quarta-feira (30), no Diário Oficial da União (DOM).
Os testes clínicos, ou seja, em humanos, são organizados em três fases. (Leia mais abaixo). A expectativa é de que a vacina chegue aos braços da população em 2025, mas, para o andamento da pesquisa, é necessária a participação de voluntários.
Aumento no número de casos
A informação sobre liberação para a segunda fase de testes da SpiN-Tec chegou no momento em que a taxa de testes positivos para Covid-19 aumentou no Brasil nas primeiras semanas de agosto, segundo dois relatórios independentes divulgados na quarta-feira (30).
Um dos levantamentos é da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que representa laboratórios e clínicas privadas. O outro é do Instituto Todos pela Saúde (ITpS).
Minas Gerais foi o estado que registrou a maior taxa de positividade de testes para a doença. Houve um aumento de 21,4% no mês de agosto. Em seguida aparecem Goiás (20,4%), Distrito Federal (19,5%), Paraná (15,7%), São Paulo (14,1%) e Mato Grosso (13,6%). Os dados são do ITpS.
Como funcionam os testes?
Os testes clínicos, ou seja, em humanos, são organizados em três fases:
Na primeira, o centro recebeu 1.759 pessoas dispostas a participar dos testes clínicos. Desse total, foram 178 elegíveis. Nenhum efeito efeito grave foi registrado.
Na segunda – e penúltima fase – será feita uma triagem para selecionar 360 voluntários. Se a pessoa atender a todos os quesitos, ela será convidada a receber a SpiN-TEC.
Assim que o imunizante for aplicado, ela ficará de observação por até 1h. Depois, já estará liberada para ir pra casa.
Ao longo de um ano, será feito um monitoramento.
Além disso, os voluntários deverão fazer sete visitas programadas ao centro de pesquisa (UPqVac), da Faculdade de Medicina da UFMG, onde a dose será aplicada.
Na fase 3, serão cerca de 4 mil voluntários.
Como ser voluntário?
Os participantes precisam atender aos seguintes requisitos:
Ter entre 18 e 85 anos;
Ter recebido as doses iniciais de CoronaVac ou AstraZeneca; e o reforço com Pfizer ou AstraZeneca antes de março;
não ter contraído Covid-19 ou contraído a doença no máximo há, pelo menos, seis meses;
ter disponibilidade para participar de acompanhamentos presenciais em Belo Horizonte
Ter tomado uma dose de Pfizer entre outubro de 2021 e maio de 2022;
Quem tem doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, podem se inscrever. Porém, passará por uma avaliação médica para saber se pode ou não participar dos testes clínicos.
Clique aqui para se inscrever ou chame no WhatsApp pelo número (31) 99972-0292.