A empresa KosmoScience, de Valinhos, no interior paulista, criada há dez anos como uma spin-off da Unesp de Araraquara, desenvolveu três metodologias científicas para avaliar a eficácia do aminoácido carbocisteína no processo de alisamento de cabelos (escova progressiva). Até ser proibido, o formol era o produto mais usado na escova progressiva. A empresa utiliza outras metodologias para avaliar produtos cosméticos antes de serem lançados no mercado, como cremes antienvelhecimento e anticelulite.
"Quando começamos, não existia nenhum laboratório desse tipo no Brasil. Só nos grandes centros da Europa ou dos Estados Unidos", diz o químico Adriano Pinheiro, diretor-executivo e um dos três sócios da empresa. "Desenvolvemos ferramentas e metodologias próprias para mensurar as propriedades físico-químicas, biofísicas e biológicas de produtos para cabelo e pele."
A parceria com o Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica da Unesp, vinculado ao Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC), coordenado pelo professor Elson Longo e financiado pela Fapesp, abriu caminho para que a empresa se tornasse um laboratório de referência e conquistasse clientes como Natura, L"Oréal, Hipermarcas, Unilever, O Boticário, Belcorp do Brasil, entre outras grandes do setor.
"Trabalhamos com uma série de protocolos científicos e métodos físico-químicos para avaliação de eficácia de produtos que são hoje utilizados pela indústria nacional e internacional", diz Longo. "Antes disso, muitos protocolos utilizados eram falsos, pelo que constatamos em testes realizados no nosso laboratório."
Reportagem completa na revista Pesquisa Fapesp número 207, deste mês de maio, por Dinorah Ereno:
http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/05/14/avaliacao-da-escova-progressiva/
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