Predominância de valor dos imóveis também está mudando, passando de populares para médio padrão
A cidade de São Paulo é marcada por constantes mudanças. E o mercado imobiliário reflete bastante essa realidade. Um levantamento feito pelo Centro de Estudos da Metrópole, ligado à USP (Universidade de São Paulo) e à Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) aponta que os apartamento ultrapassaram casas e sobrados em área total construída e estão praticamente empatados em número de unidades residenciais.
Entre 2000 e 2020, o volume de imóveis verticais na cidade subiu 86,94%, para 1,375 milhão de unidades. Já as moradias horizontais evoluíram 12%, a 1,376 milhão de unidades, na mesma comparação.
O balanço teve como base os dados do IPTU de São Paulo entre 2000 e 2020, que incluiu as classificações da Prefeitura para residências horizontais (térreas e assobradadas, com ou sem subsolo) e verticais (em prédios de apartamentos). O estudo não incluiu habitações informais que não pagam o imposto.
Outro dado da pesquisa é o padrão dos imóveis residenciais na cidade. A predominância passou de unidades populares para as de médio padrão. Também houve um crescimento de apartamentos de alto padrão, que ainda não são maioria numérica na metrópole paulistana.
O estudo também indica que São Paulo está com menos terrenos vazios e/ou ociosos. O número desses espaços caíram todos os anos, de 2000 a 2020, exceto entre 2016 e 2017, com um acréscimo em torno de 4,5 mil terrenos – período marcado pelo Plano Diretor e pela Lei de Zoneamento.
Informações: http://centrodametropole.fflch.usp.br