O governador Geraldo Alckmin destacou a importância social e econômica do agronegócio e a necessidade de mudanças para agregar maior competitividade ao setor, durante a abertura do 16º Congresso Brasileiro do Agronegócio realizado nesta segunda-feira (7) em São Paulo. “O setor tem no seu DNA a inovação, o empreendedorismo e a ousadia, está na vanguarda do País, com uma cadeia produtiva complexa e completa”, afirmou Alckmin,”. O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, também participou do evento, organizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), que abordou o tema “Reformar para competir”.
“Vivemos tempos de mudanças com grande velocidade, por isso é importante agir para ter competitividade e avançar ainda mais”, disse o governador. Neste aspecto, a abertura de editais da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para o financiamento de projetos no valor de R$ 120 milhões foi, na avaliação do governador, “um grande avanço para fortalecer os institutos de pesquisa”.
Com o objetivo de alinhar ainda mais a produção agropecuária e a preservação ambiental, o Geraldo Alckmin afirmou que o governo está empenhado junto ao judiciário para viabilizar a aplicação do Programa de Regularização Ambiental (PRA), suspenso por meio de liminar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo em 2016. “O PRA trará maior segurança jurídica aos produtores rurais”, lembrou Alckmin.
Para o secretário Arnaldo Jardim, o evento abordou temas de grande importância para o desenvolvimento do setor agropecuário. “É preciso equalizar a questão tributária acentuada e a guerra fiscal entre os Estados. Além disso, a reforma trabalhista é estratégica para gerar empregos e formalizar o trabalho. Temos também que unificar regimes previdenciários, fundamental para o setor, além de trazer capacidade de financiar inovação e pesquisas”, afirmou o titular da Pasta Estadual.
Para o presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, mesmo segurando a economia brasileira nos últimos anos, o setor também foi impactado e precisa de mudanças para continuar se desenvolvendo. “A recuperação econômica será lenta, apesar das safras elevadas ajudarem muito nesse período”, disse, ressaltando que o modo de produção sustentável no País. “O agricultor é o grande mantenedor do meio ambiente, como se pôde comprovar com base no preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), Hoje temos mais de 11,5 bilhões de hectares de Integração Lavoura Pecuária Floresta (Ilpf), liberando 50% do bioma para produção de grãos, que reduz investimento no plantio”.
Contudo, apontou o presidente da Abag, ainda há desafios a serem superados. A redução do peso dos países ricos em Renda preocupa sob a ótica da pesquisa e da inovação, além do custo Brasil e questões geopolíticas. “O Brasil deverá em breve superar os Estados Unidos EUA como maior produtor de soja do planeta, com 70% da produção mundial de soja se dividindo entre os dois países”, disse. “O agronegócio é uma plataforma que deve ser melhor usada como base da exportação das cadeias produtivas que temos”, finalizou.
Com o tema “Reformar para competir”, o 16º Congresso Brasileiro do Agronegócio segue a linha de questões apresentadas e debatidas nos congressos anteriores da Abag, sintonizado com a ideia da construção de um país moderno com sustentabilidade, abordando temas como a modernização trabalhista, reforma tributária e nova geopolítica.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA/SP)