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SP apresenta políticas para povos originários em agenda em países da Europa (13 notícias)

Publicado em 01 de maio de 2024

Cacique Cristiano Kiririndju, Coordenador Estadual de Políticas para os Povos Indígenas, participa de seminários e congressos para estreitar diálogos e promover parcerias

À frente da Coordenadoria de Políticas para os Povos Indígenas (CPPI), da Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania (SJC), o cacique Cristiano Kiririndju participa, de 1.° a 8 de maio, de uma série de agendas voltadas aos povos indígenas na República Tcheca (Brno), na Áustria (Viena) e na Itália (Perúgia). O objetivo é estreitar o diálogo com entidades internacionais e buscar parcerias para ampliar as ações paulistas voltadas aos povos indígenas do estado.

A agenda faz parte do projeto de pesquisa intitulado “Diálogos simétricos: educação, culturas e territorialidades”, aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São PauloFAPESP e integra o Programa de Pesquisa em Educação Básica – PROEDUCA/SEDUC. Cristiano foi convidado por universidades europeias, por sugestão de pesquisadores e bolsistas incluídos nessa ação educacional.

Além de coordenador para Políticas para os Povos Indígenas, Cristiano Kiririndju é pesquisador, educador, cacique da Aldeia Renascer no município de Ubatuba, litoral norte paulista, e foi o presidente do Conselho Estadual dos Povos Indígenas de São Paulo.

“Essas experiências na Europa têm como objetivo difundir e discutir os temas da educação e cultura para os povos indígenas, sendo também uma oportunidade para divulgar os trabalhos que temos realizado na Coordenadoria de Políticas para os Povos Indígenas. Nossa expectativa sempre é a de estabelecer parcerias e projetos que fortaleça as ações que se concretizam no Estado de São Paulo, um exemplo para o Brasil. O resultado esperado, pelos pesquisadores envolvidos e por nós, será bom para toda a população indígena”, afirma Cristiano Kiririndju.

O coordenador viaja acompanhado de outros pesquisadores e professores atuantes nesse projeto “Diálogos Simétricos”, contribuindo para um debate acerca de questões que permeiam os povos indígenas do país e do estado, bem como as ações inovadoras implementadas pelo governo paulista para os povos originários do estado por meio da CPPI.

A programação começa na República Tcheca, no dia 1.° de maio, no encontro com discentes e docentes da Universidade Masaryk (MU) e representantes de entidades da sociedade civil. Nesse evento, Cristiano apresentará a situação atual dos povos indígenas de São Paulo e suas políticas públicas em torno da educação e do reconhecimento dos territórios indígenas.

Como coordenador de Políticas para os Povos Indígenas, buscará parcerias para desenvolver projetos e apoio entre entidades da sociedade civil Tcheca e os povos indígenas de São Paulo.

No dia 2, ministra uma palestra no Seminário do Departamento de Antropologia, da Universidade Masaryk, para corroborar com os debates acadêmicos sobre a situação dos povos indígenas mundialmente. No dia 3, Kiririndju se reunirá com representantes da Universidade para construir possíveis parcerias entre a CPPI e especialistas interessados em contribuir para o fortalecimento das comunidades.

No dia 4 de maio, visita à exposição “Artistas (des)conhecidos da Amazônia” no Weltmuseum Wien em Viena, na Áustria. “O objetivo é buscar parcerias para uma exposição sobre os povos indígenas de São Paulo”, diz Cristiano.

Na Itália, no dia 6 de maio, ministrará a conferência de abertura do 46.º Congresso Internacional de Americanística, encontro organizado pelo Centro Studi Americanistici “Circolo Amerindiano”, e que reunirá renomados pesquisadores e especialistas para debates sobre os povos indígenas das Américas.

Ainda na Itália, dia 7, com o objetivo de construir diálogos interculturais, visita à Escola Galileo Galilei em Foligno para conversar com os estudantes sobre a realidade dos povos indígenas do Brasil. No dia 8, acompanha a Coleção Etnográfica do Centro Studi Americanistici, em Perúgia, para conhecer os povos indígenas do continente americano.

“Os povos indígenas do Estado de São Paulo estão superando barreiras e conquistando espaço internacional para o conhecimento da sua cultura. Oportunidade para dar visibilidade e igualdade para as comunidades de todo o Brasil”, acrescentou Kiririndju.

Essa viagem é custeada pelos pesquisadores, pelas universidades da Itália e República Tcheca, bem como pelo Governo do Estado de São Paulo.