O grupo Sol Invest, acionista deste jornal, comprou do grupo Hunge, do origem argentina, a Panamby Administração e Participações Ltda., que controla o maior complexo de prédios de escritórios da capital paulista, o ("entro Empresarial de São Paulo. O contraio foi assinado no dia 3 de outubro.
O negócio representa a desmobilização do grupo Bunge para concentrar o seu foco global em operações de alimentos e fertilizantes. Para a Sol Invest, a compra significa o fortalecimento das bases operacionais do grupo, que tem no setor imobiliário o seu principal negócio.
A Sol Invest foi criada em 78 pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia como holding dos negócios da sua família, iniciados no ramo de consórcio de veículos. Na época da criação da holding, as operações familiares reuniam a costrução de empreendimentos tanto residenciais como comerciais — shopins e apart-hotéis no interior de São Paulo, principalmente - e veículos de imprensa como o Diário do Povo, de Campinas e o Diário Popular, de São Paulo.
Hoje, além da marca deste DCI, e do site de noticiário econômico PANORAMA BRASIL, o grupo controla operações agrícolas concentradas na Fazenda Nossa Senhora Aparecida (Alta Mogiana), emissoras de rádio Nova Brasil. Manchete. Rede Central e a TV Brasil, repetidora do SBT, em Santos e Campinas.
O valor da compra da Panamby foi de R$ 58,1 milhões, montante financiado pelo Banco de Crédito Nacional. BCN, lastreado em recebíveis do grupo Sol Invest.
"Nós começamos a conversar há quase um ano e fomos um dos grupos a apresentar propostas à Bunge numa concorrência da qual participaram também grupos multinacionais. Ao final, com a virada do dólar este ano, alguns grupos desistiram e nossa proposta venceu as dos demais concorrentes", comenta Quércia, presidente da Sol Invest.
A compra do Centro Empresarial é o segundo grande investimento imobiliário recente da Sol Invest no setor. O outro foi a compra e o projeto - em andamento - de refocalização do Hotel Jaraguá. Depois da reforma com conclusão prevista para 2003, o Jaraguá oferecerá, além dos 415 apartamentos, um centro de convenções, teatro, restaurantes e escritórios no centro da cidade de São Paulo. "O novo controlador da Panamby deverá levar em frente o projeto de modernização tecnológica e das fachadas,alamedas e ruas do Centro Empresarial", disse Sérgio Garuf, responsável pela Centro Assessoria Empresarial Ltda., que administra sob contrato da Panamby - a síndica do condomínio - o Centro Empresarial. O projeto de modernização do complexo de escritórios começou em setembro de 2000, a um custo orçado em R$ 26 milhões, e deve se estender por mais dois anos.
Os setes blocos (A a G) do Centro Empresarial abrigam uma população diária fixa de 15 mil pessoas, mais uma flutuante de oito mil pessoas por dia. Os imóveis próprios da Panamby dentro do condomínio são o Bloco G (três andares, onde está o centro de convenções; o piso térreo, com um shopping de 121 lojas, nove bancos e 14 escritórios; posto de combustíveis, bloco Belvedere e 2,7 mil vagas de estacionamento.
O condomínio do Centro Empresarial, no qual a participação da Panamby é de 29,3%, é integrado por onze fundos de pensão (45.6%) - a maioria estatal Fapesp (3%). Fundação Bunge (2,9%) e outras empresas que lá abrigam sua sede, como Rhodia e Mapfre.
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DCI