Um novo software desenvolvido por pesquisadores da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai permitir otimizar o controle de usinas e destilarias de álcool, produzido a partir de cana-de-açúcar. Na semana passada, a Escola de Química assinou um contrato com a empresa SMAR Equipamentos Industriais Ltda., com sede em São Paulo, para a transferência da tecnologia.
O contrato prevê a utilização do Sistema de Otimização Integrado (SIMOP) - como foi batizado o software - para aumentar a produtividade das usinas, a partir da análise de diversas variáveis: matéria prima, energia e, sobretudo, critérios econômicos.
"O software que desenvolvemos é único no mundo, até porque a tecnologia brasileira de produção de álcool em nível industrial também é única", comenta a professora Belkis Valdman, da Escola de Química, que chefiou a pesquisa. "O Brasil tem a maior produção mundial de álcool - cerca de 11 milhões de litros por ano", lembra Belkis.
Segundo Belkis, o álcool vem sendo estudado por vários países desenvolvidos como um combustível alternativo muito menos poluente do que os derivados de petróleo. "Com o novo software, esperamos ter um ganho na produção de álcool de 5%" diz a engenheira química.
O sistema - que levou cerca de quatro anos para ser desenvolvido - deve entrar agora em fase de testes nas usinas. A gestora do projeto foi a Fundação Bio-Rio.
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Jornal do Brasil