Agência FAPESP – A sociologia econômica busca comparar os fenômenos da economia por meio das ciências sociais, técnica ainda difundida no Brasil. Discutir as probabilidades de analisar esses fenômenos a partir das relações entre outras redes sociais é proposto no livro eletrônico Redes e sociologia Econômico, publicado pela EdUFSCar, editora da Universidade Federal de São Carlos.
Com curadoria de Ana Cristina Braga Martes, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, o e-book analisa a contribuição de ponta das abordagens das mídias sociais e da sociologia econômica para os problemas clássicos das ciências sociais.
Segundo o autor, a sociologia econômica dá uma técnica que torna imaginável apreender fenômenos econômicos de uma maneira diferente daquela proposta pela teoria econômica. “Essa é uma atitude vital do ponto de vista da situação externa, porque é composta por uma crítica muito forjada da economia neoclássica e da técnica dedutiva hipotética seguida por economistas ortodoxos”, disse à Agência FAPESP.
Segundo Ana Cristina, que concluiu seu pós-doutorado este ano na Faculdade de Economia e Ciência Política de Londres (Inglaterra), com a FAPESP na forma de bolsa de pesquisa, a técnica da sociologia econômica “desafia a suposição da racionalidade econômica que permeia a visão ortodoxa”.
Os sociólogos não limitam seus interesses às facetas irracionais da ação econômica ou da organização, mas reconsideram noções de racionalidade, preferências, egoísmo, mercado e outros conceitos econômicos básicos. Essa visão se encaixa perfeitamente com a abordagem das redes sociais, que desvia a atenção do indivíduo. e move a pesquisa para o campo das relações sociais”, disse.
A mídia social é uma tentativa de perceber a verdade através das relações sociais. A pesquisa em rede é uma faceta dessa abordagem. Existem vários sistemas de software soltos que podem identificar as ligações entre outras pessoas e organizações sociais, para mostrar quais delas estão em uma posição central. , atuando como intermediários entre os grupos”, disse.
De acordo com Ana Cristina, o novo ebook busca revelar como os estabelecimentos e esquemas sociais moldam mercados e organizações econômicas e como o esquema de relações, o contexto social e os processos antigos organizam a produção, a troca e o consumo.
“Para isso, o ebook reúne textos de autores consagrados que têm sido fiéis à elaboração teórica sobre redes e sociologia econômica, além de trabalhos recentes, que são sobre estudos empíricos produzidos no Brasil”, disse.
Uma faceta não incomum entre os textos dos outros autores incluídos no e-book é que todos eles têm algo a dizer sobre a crise econômica global existente. E ele não percebe que não há um mercado, mas vários mercados. Ele também não percebe que esses mercados são construções sociais antigas. O estilo usado em toda a teoria econômica é muito reducionista para permitir a realidade”, disse ele.
Segundo o autor, o e-book é indicado para estudantes e pesquisadores das ciências sociais, especialmente sociólogos e economistas, mas também para áreas como a engenharia de produção. O conceito é introduzir o tema da sociologia econômica para leitores novos na sociologia”, disse ele.
O ebook conta com textos de autores como Mark Granovetter (Economic Action and Social Structure: The Challenge of Immersion), da Universidade de Stanford, e Richard Swedberg (The Economic Sociology of Capitalism: An Advent and an Agenda), da Cornell University, que, segundo Ana Cristina, tem contribuído muito para a sistematização e disseminação da sociologia econômica em todo o mundo.
O italiano Alberto Martinelli, da Universidade de Milão, que escreveu um dos primeiros livros sobre sociologia econômica na década de 1960, contribuiu com o artigo The Context of Entrepreneurship. O francês Benoît Lévesque, da Université du Québec à Montréal, é o de Contribution de los angeles nouvelle sociologie économique pour repenser l’économie vers le développement durable.
O componente Momento das Redes e Sociologia Econômica é composto por contribuições de estudos empíricos realizados no Brasil. Ana Cristina contou com a Revista de Administração de Empresas da FGV para a variedade de artigos nacionais. Um conceito inteligente da aplicação prospectiva da sociologia econômica combinada com a abordagem das mídias sociais”, disse ele.
Oswaldo Mário Serra Truzzi, da UFSCar, e Mário Sacomano Neto, professor da Universidade Metodista de Piracicaba, são autores de Economia Étnica e Empreendedorismo: Equilíbrio Histórico da Experiência São Paulo. Reginaldo Sales Magalhães, da Corporação Financeira Internacional do Banco Mundial, contribuiu com Habilidades Sociais no Mercado de Leite. “Ele buscou perceber a organização das cooperativas de laticínios e avaliar as habilidades sociais para funcionar naquele mercado”, explica o autor.
Calçado do Vale: Imersão Social e Redes Interorganizacionais é o artigo de Mariana Baldi, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Marcelo Milano Falcão Vieira, da FGV no Rio de Janeiro. a mídia, revelando a configuração antiga e social de um grupo global de calçados”, disse Cristina.
A indústria cinematográfica nacional é o tema de Charles Kirschbaum, do Instituto de Ensino e Pesquisa (antigo Ibmec), no artigo Renascimento da Indústria Cinematográfica Brasileira: Destinos Entrelaçados?. Analisa as redes que compõem a indústria cinematográfica no país, aparecendo casos de boa sorte e sobrevivência, refletindo sobre o conceito de cadeia de preços”, disse.
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por Fabio de Castro
Agência FAPESP – A sociologia econômica busca comparar os fenômenos da economia por meio das ciências sociais, técnica ainda difundida no Brasil. Discutir as probabilidades de analisar esses fenômenos a partir das relações entre outras redes sociais é proposto no livro eletrônico Redes e sociologia Econômico, publicado pela EdUFSCar, editora da Universidade Federal de São Carlos.
Organizado por Ana Cristina Braga Martes, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, o e-book analisa a contribuição de ponta de duas abordagens, as redes sociais e a sociologia econômica, para a resolução de problemas antigos nas ciências sociais.
Segundo o autor, a sociologia econômica dá uma técnica que torna imaginável apreender fenômenos econômicos de uma maneira diferente daquela proposta pela teoria econômica. “Essa é uma atitude vital do ponto de vista da situação externa, porque é composta por uma crítica muito forjada da economia neoclássica e da técnica dedutiva hipotética seguida por economistas ortodoxos”, disse à Agência FAPESP.
Segundo Ana Cristina, que concluiu seu pós-doutorado este ano na Faculdade de Economia e Ciência Política de Londres (Inglaterra), com a FAPESP na forma de bolsa de pesquisa, a técnica da sociologia econômica “desafia a suposição da racionalidade econômica que permeia a visão ortodoxa”.
Os sociólogos não limitam seus interesses às facetas irracionais da ação econômica ou da organização, mas reconsideram noções de racionalidade, preferências, egoísmo, mercado e outros conceitos econômicos básicos. Essa visão se encaixa perfeitamente com a abordagem das redes sociais, que desvia a atenção do indivíduo. e move a pesquisa para o campo das relações sociais”, disse.
A mídia social é uma tentativa de perceber a verdade através das relações sociais. A pesquisa em rede é uma faceta dessa abordagem. Existem vários sistemas de software soltos que podem identificar as ligações entre outras pessoas e organizações sociais, para mostrar quais delas estão em uma posição central. , atuando como intermediários entre os grupos”, disse.
De acordo com Ana Cristina, o novo ebook busca revelar como os estabelecimentos e esquemas sociais moldam mercados e organizações econômicas e como o esquema de relações, o contexto social e os processos antigos organizam a produção, a troca e o consumo.
“Para isso, o ebook reúne textos de autores consagrados que têm sido fiéis à elaboração teórica sobre redes e sociologia econômica, além de trabalhos recentes, que são sobre estudos empíricos produzidos no Brasil”, disse.
Uma faceta não incomum entre os textos dos outros autores incluídos no e-book é que todos eles têm algo a dizer sobre a crise econômica global existente. E ele não percebe que não há um mercado, mas vários mercados. Ele também não percebe que esses mercados são construções sociais antigas. O estilo usado em toda a teoria econômica é muito reducionista para permitir a realidade”, disse ele.
Segundo o autor, o e-book é indicado para estudantes e pesquisadores das ciências sociais, especialmente sociólogos e economistas, mas também para áreas como a engenharia de produção. O conceito é introduzir o tema da sociologia econômica para leitores novos na sociologia”, disse ele.
O ebook conta com textos de autores como Mark Granovetter (Economic Action and Social Structure: The Challenge of Immersion), da Universidade de Stanford, e Richard Swedberg (The Economic Sociology of Capitalism: An Advent and an Agenda), da Cornell University, que, segundo Ana Cristina, tem contribuído muito para a sistematização e disseminação da sociologia econômica em todo o mundo.
O italiano Alberto Martinelli, da Universidade de Milão, que escreveu um dos primeiros livros sobre sociologia econômica na década de 1960, contribuiu com o artigo The Context of Entrepreneurship. O francês Benoît Lévesque, da Université du Québec à Montréal, é o de Contribution de los angeles nouvelle sociologie économique pour repenser l’économie vers le développement durable.
O componente Momento das Redes e Sociologia Econômica é composto por contribuições de estudos empíricos realizados no Brasil. Ana Cristina contou com a Revista de Administração de Empresas da FGV para a variedade de artigos nacionais. Um conceito inteligente da aplicação prospectiva da sociologia econômica combinada com a abordagem das mídias sociais”, disse ele.
Oswaldo Mário Serra Truzzi, da UFSCar, e Mário Sacomano Neto, professor da Universidade Metodista de Piracicaba, são autores de Economia Étnica e Empreendedorismo: Equilíbrio Histórico da Experiência São Paulo. Reginaldo Sales Magalhães, da Corporação Financeira Internacional do Banco Mundial, contribuiu com Habilidades Sociais no Mercado de Leite. “Ele buscou perceber a organização das cooperativas de laticínios e avaliar as habilidades sociais para funcionar naquele mercado”, explica o autor.
Calçado do Vale: Imersão Social e Redes Interorganizacionais é o artigo de Mariana Baldi, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Marcelo Milano Falcão Vieira, da FGV no Rio de Janeiro. a mídia, revelando a configuração antiga e social de um grupo global de calçados”, disse Cristina.
A indústria cinematográfica nacional é o tema de Charles Kirschbaum, do Instituto de Ensino e Pesquisa (antigo Ibmec), no artigo Renascimento da Indústria Cinematográfica Brasileira: Destinos Entrelaçados?. Este não é um tema comum na nossa região. Analisa as redes que compõem a indústria cinematográfica no país, aparecendo casos de boa sorte e sobrevivência, refletindo sobre o conceito de cadeia de preços”, disse.
Este texto foi originalmente publicado pela Agência FAPESP sob a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.