Em diversos países, a pedagogia social é reconhecida como campo do conhecimento relacionado à formação docente. No Brasil, contudo, ela ainda não se configurou como área específica de pesquisa e de atuação profissional. Essa circunstância atribui significado especial ao 19 artigos que compõem o volume Pedagogia social (Expressão e Arte/Fapesp/Unesco, págs., R$50),
Organizado pelos professores João Clemente de Souza Neto (da Unifeo), Roberto da Silva (da Universidade de São Paulo) e Rogério Moura (da Unicamp), o livro adota a postura de "recusar o termo Educação não formal enquanto categoria classificatória, contestar o caráter não científico atribuído a ela e resgatar a historicidade de suas práticas, especialmente suas dimensões históricas, culturais, políticas e sociais".
De acordo com os organizadores, a pedagogia social, enquanto "teoria geral da educação social", deve formar o "educador social" em curso próprio de graduação, "admitindo-se, inclusive, a possibilidade de habitações específicas em educação rural, no campo hospitalar, em saúde, em regimes de privação de liberdade, de rua etc". "É desejável também, segundo eles, a formação em níveis médio e técnico, para "tirar da precariedade" profissionais já em atividade que, entretanto, não possuem formação pedagógica ou titulação".