Por falta de empresas interessadas, R$ 3 milhões em verbas a fundo perdido encalharam nos cofres da Fapesp, a Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de São Paulo. Em fevereiro passado, a Fapesp abriu uma linha de crédito de R$ 5 milhões destinada a parcerias entre empresas universidades.
Bastava que uma empresa, em conjunto com um pesquisador acadêmico, apresentasse um projeto para o desenvolvimento de um produto ou serviço que se caracterizasse como inovação teológica e tivesse aplicação comercial imediata. Esperava-se uma avalanche de candidatos, mas só 14 projetos foram apresentados e, destes, só metade será avaliada.
Se todos forem aceitos, serão consumidos apenas R$ 2 milhões da verba. Sobraram R$ 3 milhões. O encalhe do dinheiro não é visto como um problema, porque serão reabertas as inscrições para novos projetos em junho e em outubro.
O diretor-presidente da Fapesp, Nelson Jesus Parada, acha que os empresários se assustaram com a novidade (é a primeira linha de crédito destinada a parcerias desse tipo) e preferiram esperar um pouco para ver como funciona. O que talvez explique melhor a resistência é que a linha de crédito, embora a fundo perdido, exige que as empresas em contrapartida invistam algum dinheiro no projeto.