Enquanto alguns da elite brasileira continuam xingando o Programa Bolsa Família do governo federal que, pelo menos, tem assegurado um pouco do "de comer" para miseráveis interior adentro nesse País, o Brasil mantém o abissal quadro de apartação entre os poucos que muito têm e o grande contingente dos que nada têm. No macro, vivemos o crônico quadro das disparidades regionais, desigualdades socioeconômicas e, agora confirmadas por pesquisa, as desigualdades digitais. De acordo com a Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, essas fazem paralelo com as desigualdades sociais. No Brasil, enquanto a maioria da população não tem acesso à internet, a minoria conectada bate recordes mundiais em horas navegadas na rede de computadores, conforme os números apresentados pelo CGI.br - Comitê Gestor da Internet no Brasil. É um quadro que reforça a tese de que o País precisa adotar, urgentemente, políticas eficazes na resolução desse fosso nacional.
São números gritantes
Os dados do CGI.br revelam que 68% da população nunca acessou a internet e 55% jamais utilizaram um computador. O estudo sobre o uso de tecnologias da informação e da comunicação foi desenvolvido pelo Instituto Ipsos Opinion, no segundo semestre do ano passado, em 8.540 domicílios. A metodologia utilizada seguiu o padrão internacional da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, e do Eurostat - Instituto de Estatísticas da Comissão Européia, permitindo a comparabilidade internacional.
Entre os brasileiros, 68% nunca acessaram a internet e 55% jamais usaram o computador
Na apartação
"A renda e a educação da população brasileira são os dois principais determinantes para os índices de acesso à internet", afirma Rogério Santanna dos Santos, conselheiro titular do CGI.br. Em entrevista à Agência Fapesp, ele declarou que o acesso cresce à medida que aumenta o nível educacional e a média de renda da população. Os representantes da classe A têm 46 vezes mais chances de ter um computador em casa do que os das classes D e E. Um dado alarmante.
Concentração
Entre as pessoas que usam a internet, essa mesma proporção cai para 20 vezes. "O uso da internet não depende exclusivamente da posse do computador. Como grande parte dos internautas é jovem, o acesso ocorre também em escolas e telecentros", explica o diretor-geral da Ipsos Opinion, Clifford Young, para quem a exclusão digital também pode ser influenciada pela geografia dos grandes centros urbanos.
Contraditório
Quanto ao uso da rede, 41% o fazem para atividades educacionais, 32% para fins pessoais e 26% no trabalho. Brasília é a cidade com o maior número de pessoas conectadas, seguida de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro. O Brasil é recordista mundial em navegação na internet, com média de permanência de 18 horas e 42 minutos ligados à rede.
São números gritantes
Os dados do CGI.br revelam que 68% da população nunca acessou a internet e 55% jamais utilizaram um computador. O estudo sobre o uso de tecnologias da informação e da comunicação foi desenvolvido pelo Instituto Ipsos Opinion, no segundo semestre do ano passado, em 8.540 domicílios. A metodologia utilizada seguiu o padrão internacional da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, e do Eurostat - Instituto de Estatísticas da Comissão Européia, permitindo a comparabilidade internacional.
Entre os brasileiros, 68% nunca acessaram a internet e 55% jamais usaram o computador
Na apartação
"A renda e a educação da população brasileira são os dois principais determinantes para os índices de acesso à internet", afirma Rogério Santanna dos Santos, conselheiro titular do CGI.br. Em entrevista à Agência Fapesp, ele declarou que o acesso cresce à medida que aumenta o nível educacional e a média de renda da população. Os representantes da classe A têm 46 vezes mais chances de ter um computador em casa do que os das classes D e E. Um dado alarmante.
Concentração
Entre as pessoas que usam a internet, essa mesma proporção cai para 20 vezes. "O uso da internet não depende exclusivamente da posse do computador. Como grande parte dos internautas é jovem, o acesso ocorre também em escolas e telecentros", explica o diretor-geral da Ipsos Opinion, Clifford Young, para quem a exclusão digital também pode ser influenciada pela geografia dos grandes centros urbanos.
Contraditório
Quanto ao uso da rede, 41% o fazem para atividades educacionais, 32% para fins pessoais e 26% no trabalho. Brasília é a cidade com o maior número de pessoas conectadas, seguida de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro. O Brasil é recordista mundial em navegação na internet, com média de permanência de 18 horas e 42 minutos ligados à rede.