Os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e de São Paulo, José Serra (PSDB), reuniram-se, anteontem, por mais de duas horas no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Na pauta, garante o pernambucano, só assuntos administrativos, nada sobre a disputa de 2010. “Tivemos um convênio assinado entre Fapesp e a Facepe, depois tivemos uma conversa. Conversamos lá umas duas horas, mas sobre economia e a arrecadação dos estados”, despistou Eduardo Campos, ontem, após ter participado da abertura da 5ª edição do fórum do movimento Novos Líderes, em Porto de Galinhas, Ipojuca.
Em São Paulo, onde o presidenciável José Serra mantém um bom entendimento com Eduardo Campos desde a época da militância pela redemocratização do País, tucanos e socialistas também estão do mesmo lado. A relação é tão próxima, que o vice-líder do governo na Assembleia Legislativa paulista é um deputado do PSB. O próprio Eduardo Campos foi um dos aliados de Lula que atuou nos bastidores para melhorar a relação do presidente com Serra no início da gestão petista.
JOÃO PAULO
O governador esquivou-se da polêmica envolvendo a desistência do ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), de concorrer ao Senado na chapa governista. “Em 2010 nós resolveremos muito tranquilamente essa questão. Até lá vocês não terão notícia de eu ter tratado com ninguém, com nenhuma força política. Não vou dizer um negócio na Imprensa e fazer uma outra ação”, destacou. Questionado sobre os nomes cogitados para substituir o vice-governador João Lyra Neto (PDT), Eduardo, demonstrando irritação. “Não darei nem uma palavra a mais”, finalizou.