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Sistema que identifica talentos esportivos no judô é premiado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (8 notícias)

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Por Redação

Aplicativo desenvolvido com participação de pesquisadores da USP em parceria com a Confederação Brasileira de Judô analisa informações físicas e técnicas para identificar características como desempenho do judoca e habilidades em luta

O sistema iSports – Modalidade Judô desenvolvido com o apoio do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), e participação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e que ajuda a identificar talentos esportivos, recebeu o Prêmio Esporte Inovação no II Congresso Olímpico Brasileiro. O evento foi realizado no dia 20 de março pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) num concurso de soluções para os desafios enfrentados pelo esporte no Brasil.

O projeto utiliza matemática e estatística para coleta de dados em testes feitos para atletas e foi validado em testes pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ). “O Projeto iSports tem como objetivo principal tornar o esporte mais inclusivo, dando oportunidade de conhecermos talentos esportivos que jamais poderiam ser reconhecidos. Ele funciona como um olheiro virtual, auxiliando na avaliação de atletas a distância”, comenta o professor Francisco Louzada, coordenador de transferência de tecnologia do CeMEAI e um dos vencedores do prêmio.

Uma das responsáveis pelo projeto, Caroline Godoy, explica que a ideia da CBJ inicialmente era automatizar a coleta de dados que já é feita nas competições, acrescentando algum tipo de análise estatística que diferenciasse os talentos na modalidade. “O iSports Judô pode auxiliar automatizando e agilizando a coleta de informações, oferecendo uma descrição completa do atleta que poderá verificar seu desempenho e compará-lo com os demais competidores. O programa poderá também abrir portas para atletas não profissionais acompanharem seus desempenhos pelo aplicativo onde eles poderão inserir suas informações, ter respostas e compará-las”, comentou.

Além de Louzada e Caroline, fazem parte da equipe Anderson Ara (UFPR), Leandro Carlos Mazzei (Unicamp), Marcus Agostinho (COJ) e José Olívio Júnior (COJ). O trabalho foi premiado com R$ 15 mil e um dos autores também terá a oportunidade de viver a experiência dos Jogos Olímpicos Paris 2024.

“Essa premiação é o reconhecimento da importância do desenvolvimento de produtos acadêmicos voltados à comunidade e também nos dá um estímulo muito grande para continuarmos nossa luta em oferecer inteligência às entidades nacionais que regulam o esporte e que primam por um esporte de qualidade que possa ser mensurado com precisão”, comemora Louzada.

Além de receber o apoio do CeMEAI, o projeto também faz parte do ICMCIn, que tem como objetivo disponibilizar espaço e apoio para uma pré-incubação ou uma formação empreendedora para projetos de inovação.

O CeMEAI é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) estruturado para promover o uso de ciências matemáticas como um recurso industrial em três áreas básicas: Ciência de Dados, Mecânica de Fluidos Computacional e Otimização e Pesquisa Operacional. Além do ICMC, outra instituição da USP associada ao Cepid é o Instituto de Matemática e Estatística (IME).

Texto adaptado de Leonardo Zacarin, da Comunicação do CeMEAI