Um sistema de construção modular de madeira adaptado para escolas, desenvolvido na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USR possibilita a redução de custos e o aumento na velocidade de produção. O professor Alessandra Ventura, coordenador da pesquisa, já conseguiu três patentes para o projeto. A última delas foi feita via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em outubro do ano passado, e recai sobre uma peça de ligação das vigas e dos pilares.
A utilização do sistema para a construção de escolas, segundo o professor, não aconteceu por acaso: "Não trabalhamos com habitação, pois esta é uma área que depende muito do gosto subjetivo", explica.
No projeto são usados módulos de madeira com 2,8 metros de altura e até 7 metros de comprimento. A primeira patente conseguida protege o sistema de construção das vigas e dos pilares que, diferentemente do sistema tradicional, não têm formas retangulares e não utilizam concreto.
Cada viga é feita de três chapas de madeira (Pinus elliotiis, o pinho de reflorestamento) prensada, com 1 centímetro de espessura. De acordo com o professor, a forma escolhida foi a mais adequada para proporcionar resistência. A peça de fixação e interface, parafusada às vigas e pilares, é feita de aço.
O professor destaca uma das vantagens da utilização do sistema em escolas. "Muitas vezes, esse tipo de edifício, com o passar de um ano da construção, fica super ou sub-utilizado. Com uma estrutura de madeira leve, seria possível montar e desmontar partes da escola, o que facilitaria a política de educação e resolveria problemas com planejamento", conta Ventura.
Sistemas modulares - De acordo com o professor, o sistema de construção em módulos possibilita maiores velocidade e economia. A origem deste tipo de produção é baseada na informática, na qual partes de componentes completas são produzidas separadamente e unidas por sistemas de interface
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Folha de Londrina