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Sistema inédito antecipa em até 4 dias risco de ressacas e desastres naturais no litoral de SP (37 notícias)

Publicado em 11 de setembro de 2024

O Sistema de Alerta de Ressacas e Inundações Costeiras para o Litoral de São Paulo (Saric) começou a operar nas cidades da Baixada Santista. Desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), o equipamento funciona em uma plataforma tecnológica inédita no Brasil e realiza monitoramento preventivo de ressacas e inundações costeiras, permitindo o aviso prévio.

De acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), responsável pelo IPA, o sistema é constituído de uma plataforma tecnológica inédita no Brasil, com escala de representação espacial que reproduz trecho a trecho as áreas beira-mar.

O sistema monitora todas as praias do litoral de São Paulo e identifica situações que antecedem fenômenos como ressaca do mar, associada a perigos como erosão costeira intensa, inundação de praias e dunas e maré alta acima do normal, com inundações, enchentes e alagamentos. A detecção envolve casos mais graves, os chamados fenômenos conjugados, cuja ameaça envolve risco de eventos severos ou extremos.

O Saric analisa a velocidade dos ventos, nível máximo das marés e altura máxima das ondas de toda a costa paulista. A partir desses dados globais, o sistema faz o cálculo de risco com 4 dias de antecipação, gerando alertas aos municípios e às Defesas Civis para que medidas preventivas sejam tomadas.

A plataforma, que é aberta ao público, tem a capacidade de receber dados meteorológicos e oceanográficos. Ela também conta com escala de representação espacial que reproduz trecho a trecho as áreas. A plataforma pode ser acessada por meio deste link.

Um dos diferenciais do sistema são os mapas que permitem a visibilidade de cada praia da costa. Acoplado a ele, há ainda o mapa de risco de erosão costeira, que contribui com dados para fundamentar a gestão de ameaças de desastres naturais.

Os mapas possibilitam prever inundações, como em setores de praia com risco alto e muito alto de erosão costeira crônica, que são as primeiras praias a serem atingidas pela força do mar, nos eventos meteorológicos (ciclones tropicais, tornados, vendavais) e oceanográficos (oscilações do nível do mar, correntes marítimas e outros) mais fortes.

Com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o projeto contou custou R$ 393 mil e teve parceria com Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), Instituto Oceanográfico da USP e Universidade Santa Cecília (Unisanta).