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Sinal verde para satélite radar (1 notícias)

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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Espacial Alemão (DLR) assinaram no dia 10 de março, em Munique, Alemanha, acordo de continuidade dos trabalhos de desenvolvimento do sistema Mapsar.

Trata-se de um projeto conjunto entre as duas instituições para o desenvolvimento de um sistema de monitoramento ambiental por meio de um satélite com imageador radar. O acrônimo Mapsar corresponde a Multi Application Purpose SAR, onde SAR significa Radar de Abertura Sintética.

O documento foi assinado pelo diretor do Inpe, Gilberto Câmara, e pelo diretor do Instituto de Radar do DLR, Alberto Moreira, acompanhados de suas equipes técnicas. A nova etapa, denominada fase B, compreende o projeto detalhado do sistema, incluindo a configuração do satélite a ser produzido, do segmento solo e do segmento de aplicações (usuários). A fase B terá duração total de um ano e meio.

Segundo o Inpe, dadas as suas características funcionais, as principais vantagens da utilização de radares orbitais são a possibilidade de aquisição de imagens à noite (sem necessidade de iluminação solar) e a capacidade de imageamento através de nuvens e/ou fumaça. Essas potencialidades tornam o Mapsar uma ferramenta importante para observação de regiões tropicais, com foco principal na Amazônia.

Com grande parte do território coberta por floresta ombrófila densa, a aquisição de informações na Amazônia é complicada, não só pela alta freqüência de nuvens, como pela extensão, dificuldades de acesso e complexidade de clima e ambiente. Conseqüentemente, a possibilidade de obtenção de imagens produzidas pelo radar imageador representa um grande avanço no fornecimento de dados e no monitoramento do desmatamento.

O satélite de cerca de 500 quilos utilizará como módulo de serviço a Plataforma Multimissão, desenvolvida pelo Inpe. Cabe à Alemanha a concepção do instrumento radar e a análise de órbita.

Nessa cooperação, o programa Mapsar é dividido em iguais proporções entre Brasil e Alemanha. O acordo prevê total acesso dos engenheiros brasileiros à tecnologia utilizada pelo DLR. O custo total previsto para o programa é de 100 milhões de euros, incluído o lançamento, previsto para 2013.

Fonte: Agência Fapesp