O café representa hoje 4% das exportações brasileira e gera uma receita anual entre US$ 1,5 bilhão a US$ 2 bilhões. O setor de exportação, juntamente com o setor industrial, propicia cerca de 6 milhões de empregos indiretos. Melhorar a produtividade e a qualidade do principal produto agrícola mundial é essencial para o mercado brasileiro.
A produção cafeeira no Brasil é representada por aproximadamente 320 mil propriedades, que na sua maioria são de pequeno porte (até 10 hectares), distribuindo-se entre 13 estados brasileiros. São gerados pela cafeicultura, 3 milhões de empregos diretos e uma produção bruta de US$ 1,5 bilhões. O setor industrial gera ao país cerca de US$ 17 milhões.
Descobrir quais os genes que dão as características de importância econômica ao café e interferir nelas poderá significar ganhos imensos na competitividade do mercado. Por exemplo, o ciclo de flor e fruto da planta leva em torno de seis meses. Sabendo qual o gene relacionado à maturação do fruto será possível interferir nesse gene e obter uma maturação mais rápida. Os ganhos econômicos serão grandes.
Descobrir qual o gene relacionado à resistência da planta a um patógeno será essencial para o desenvolvimento de plantas resistentes, implicando em redução de gastos, por exemplo, com inseticidas.
Dos resultados obtidos com o Projeto Genoma Café depende a manutenção do Brasil no cenário mundial da cafeicultura. Eles também visam a gerar tecnologias em beneficio de produtores e dos sistemas de produção associados ao grão. (MTC/AAN)
Notícia
Correio Popular (Campinas, SP)