O professor da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, Sérgio Henrique Ferreira, é o vencedor do Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia, apontado como a mais importante honraria em ciência e tecnologia do País.
O anúncio foi feito ontem (9) pelo ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Sergio Rezende. "É o cientista mais conhecido do Brasil. Os seus estudos apresentam resultados importantes e com aplicações à farmacologia", disse o ministro.
Nascido em Franca, em 1934, Sérgio Ferreira é um pesquisador premiado nacional e internacionalmente, e também citado em mais de 11 mil artigos. Ele é reconhecido por pesquisas que desenvolveu em farmacologia geral e do processo inflamatório, mediadores da dor inflamatória e analgésicos periféricos.
Sérgio Ferreira é formado em medicina pela USP, tem doutorado em Farmacologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, e é pós-doutorado pela Royal College of Surgeous of England.
Ferreira foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por dois mandatos (de 1995 a 1999), é membro da National Acadexy of Sciences e também da Academia Brasileira de Ciências.
Atualmente, o pesquisador coordena projeto temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), além de ser consultor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e conselheiro do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCT).
O cientista recebe a premiação no dia 6 de maio, no Rio de Janeiro. "O prêmio é um reconhecimento e um estímulo a pesquisadores brasileiros pelo trabalho realizado ao longo da carreira em prol do progresso da ciência e da transferência de conhecimento da academia ao setor produtivo. Nesta edição foi selecionada uma pessoa da área de Ciências da Vida", explicou o presidente da comissão de especialistas, Erney Camargo.
Prêmio
Criado em 1981, o prêmio foi concedido aos mais destacados pesquisadores das áreas de Ciências da Vida, Ciências Exatas e da Terra e Ciências Humanas e Sociais do País, como Fernando Galembeck, Carlos Chagas Filho, Celso Monteiro Furtado, Aziz Nacib Ab'Saber, Ozires Silva, Florestan Fernandes, Caio Prado Júnior, Otto Richard Gottlieb, Mário Schenberg, Herch Moysés Nussenzveig, José Leite Lopes, Eduardo Moacyr Krieger, Jacob Palis Júnior e Maria Isaura Pereira de Queiroz entre outros.
A comissão de especialistas que analisa os nomes dos candidatos ao prêmio é formada por representantes da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Associação Nacional dos Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados (Conifap) e dos Comitês de Assessoramento do CNPq.
O prêmio é uma parceria entre o CNPq e a Fundação Conrado Wessel, e é concedido anualmente, em sistema de rodízio, às grandes áreas do conhecimento. O agraciado recebe diploma, medalha e R$ 150 mil, concedidos pela Fundação.
Agência CT — 10/04/2008 — Online