Um grupo de cientistas, liderado por Patrick Descombes do Nestlé Institute of Food Safety & Analytical Sciences, sequenciou uma planta de café arábica di-haploide, o que proporcionou um genoma de referência homogêneo para futuras pesquisas genéticas. A pesquisa, publicada na Nature Genetics, contou com a participação de cientistas de mais de dez países, incluindo o Brasil.
O estudo permitiu uma visão mais clara do genoma do café arábica, facilitando a identificação de variações genéticas e o uso dessas informações para estudos de melhoramento. Além disso, foi possível comparar variedades cultivadas em diferentes regiões do mundo com espécimes silvestres coletadas na Etiópia, revelando diferenças entre as plantas cultivadas e as silvestres.
O trabalho de sequenciamento do genoma do café arábica foi parcialmente financiado pela Fapesp, por meio de um projeto Jovem Pesquisador e de uma Bolsa de Pós-Doutorado concedida a Suzana Tiemi Ivamoto-Suzuki, coautora do artigo. Os resultados obtidos contribuem para o entendimento da diversidade genética presente nas variedades de café arábica e nas plantas silvestres da região africana de origem.