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Jornal Cidade - Rio Claro

Semana de 22 foi marco de uma nova atitude de São Paulo diante do mundo (75 notícias)

Publicado em 18 de fevereiro de 2022

Embora suas origens estejam na literatura e na arte, o modernismo criou um ambiente de renovação e de mudança, uma atitude nova diante do mundo e do conhecimento. Isso impactou enormemente o ensino e a pesquisa. sobretudo na área de Humanidades, mas extrapolou em muito esse domínio. A avaliação foi feita pelo presidente da, Marco Antonio Zago, durante a abertura da 8 Conferência 60 anos, disponível no YouTube. “ A própria criação da Universidade de São Paulo USP, em 1934 e. por consequência, da em 1962, 40 anos depois da Semana de 22, fazem parte dessa nova atitude diante do mundo ”, disse Zago. O evento teve como mediadora Flávia Camargo Toni, professora do Instituto de Estudos Brasileiros (). Página 2

Semana de 22 foi marco de uma nova titude de São Paulo diante do mundo Embora suas origens estejam na literatura e na arte, o modernismo criou um ambiente de renovação e de mudança, uma atitude nova diante do mundo e do conhecimento. Isso impactou enormemente o ensino e a pesquisa, sobretudo na área de Humanidades, mas extrapolou em muito esse domínio. A avaliação foi feita pelo presidente da, Marco Antonio Zago, durante a abertura da 8 Conferência 60 anos, disponível no YouTube. “ A própria criação da Universidade de São Paulo USP, em 1934 e. por consequência, da em 1962, 40 anos depois da Semana de 22, fazem parte dessa nova atitude diante do mundo ”, disse Zago. O evento teve como mediadora Flávia Camargo Toni, professora do Instituto de Estudos Brasileiros (). Segundo a pesquisadora, a década seguinte à Semana de Arte Moderna foi propícia para reformas no ensino em todo o país. com a fundação da USP em 1934 e do Departamento de Cultura de São Paulo, que tinha o modernista Mário de Andrade à frente. “ O laço do modernismo na área de Humanidades sedimentou-se na efeméride de 40 anos da Semana, quando na década de 1960 o governador Carvalho Pinto fundou a ”. afirmou a pesquisadora. No mesmo ano de 1962, acrescentou Toni. era fundado o, comandado por Sérgio Buarque de Holanda. Zago disse ser importante lembrar que existiam antecedentes ao modernismo e que uma inquietação se revelava mesmo fora de São Paulo. mas aque e cx tec não ce limitavam às Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, além da fundação do Partido Comunista Brasileiro e a realização do Primeiro Congresso Feminista do Brasil, comandado pela bióloga e futura diretora do Museu Nacional. Bertha Lutz. Fora do Brasil, ocorria a publicação de Ulisses, de James Joyce. e do poema The Waste Land, de T. S. Eliot, além da morte de Marcel Proust. “ Uma agenda cultural foi sendo construída passo a passo, longamente, durante os cem anos seguintes ”. afirmou. marginália e em suas leituras ”, apoiado pela. Jacqueline Pen jon. professora da Universidade da Sorbonne Nouvelle. na França, lembrou que a Paris dos anos 1920 não tomou conhecimento da Semana de Arte Moderna de 1922. Aquele ano, porém, foi muito importante para as relações culturais franco-brasileiras, que vinham se intensificando desde 1908 com a fundação de uma associação das universidades e grandes escolas da capital francesa para as relações com a América Latina. “ A na rtir disco vemos aque O interesse no modernismo, porém, se esvai nos anos 1930 e só é retomado na década de 1970. quando é publicada a tradução para o francês de Macunaíma e uma revista literária lança uma edição especial dedicada ao modernismo brasileiro. Embora muito já tenha sido estudado sobre a Semana, as pesquisadoras concordam que ainda há uma gama de possibilidades de novos estudos. Nogueira Galvão lembrou os recém-lançados A arte de devorar o mundo: Aventuras gastronômicas de Oswald de Andrade. livro escrito nelo neto do modern ict a. artes € à literatura. “ Toda a sociedade brasileira se modernizava. E a cidade de São Paulo, que naquele momento se enriquecia e se tornava um polo industrial, safa de sua condição quase provinciana para vir, ao longo do tempo, se tornar no século 21 uma das capitais internacionais da cultura ”, contou. Wal nice Nogueira Galvão, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP), recordou que 1922 teve a efeméride do centenário da Independência do Brasil e fatos políticos que repercutiram nas décadas seguintes, como a eclosão do Tenentismo e o episódio da Interesse renovado Telê Ancona Lopez, professora emérita da, afirmou que os vínculos com a nos estudos do modernismo se consolidam, evoluem e se alastram no. “ Penso que as comemorações servem, sobretudo. para que a análise e o distanciamento histórico do que foi feito um dia enriqueçam o nosso olhar, a memória e a história ”, disse a pesquisadora, que foi curadora do Arquivo Mário de Andrade no até 2008 e coordenou o projeto “ Estudo do processo de criação de Mário de Andrade nos manuscritos de seu arquivo, em sua correspondência. em sua Loo o não há nenhuma referência à Semana de Arte Moderna, apenas ao centenário da Independência. A França foi convidada para uma grande exposição que aconteceu no Rio de Janeiro e na Revue de| Amérique Latine revista fundada naquele ano só se falava dessa exposição e da triste sina do Conde D' Eu marido da Princesa Isabel, que falece justamente quando ia assistir a essa exposição ”, contou. Em 1924. no entanto, Paris receberia a primeira exposição de arte latino-americana, em que Tarsila do Amaral e Anita Malfatti são bastante elogiadas. Há ainda concertos de Heitor Villa-Lobos. Rudá K. Andrade: e O guarda roupa modernista: O casal Tarsila e Oswald e a moda, de Carolina Casar in. Ancona Lopez falou sobre como as análises da correspondência de Mário de Andrade têm desfeito ilusões e trazido novos fatos sobre os modernistas. Pen jon. por sua vez. lembrou de uma nova leva de obras do período sendo traduzidas agora para o francês. Outros eventos on-line em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna acontecem nesta sexta-feira, (18/ 02). A programação pode ser acessada em: https: fap esp. br eventos semana rte moderna.