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Gestão C&T

Secretário de C&T do DF se baseia em estrutura do ITA para capacitação de especialistas (1 notícias)

Publicado em 19 de abril de 2007

Por Danilo Godoi

Interessado no sucesso de atuação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal (DF), Izalci Lucas, idealiza um projeto, baseado no instituto, para a capital federal. De acordo com Lucas, um investimento deste porte tem grande relevância, principalmente com a implementação dos parques tecnológicos em Brasília. "Seria fundamental investir em um padrão de alta qualidade para capacitação de profissionais, com dedicação exclusiva, de alunos e professores".

A informação foi dada durante a reunião de apresentação dos resultados dos projetos de 2006 da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, realizada na manhã de hoje (19), em Brasília (DF).

Em entrevista ao Gestão C&T online, Lucas explica que a idéia fundamentada no ITA surgiu quando o governador do DF, José Roberto Arruda (Partido Democrata, antigo PFL), solicitou que ele fosse a São José dos Campos e convencesse a direção do instituto a abrigar, em Brasília, o seu Centro Tecnológico. "Conhecendo o que eu conheci, não é possível o ITA vir para cá. Mas, em razão do sucesso e da forma, é importante avaliar a estrutura que eles implementaram."

Ao ser indagado, por um participante do evento, sobre o motivo pelo qual a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) "funciona", enquanto outras instituições de apoio não, o secretário disse que esteve na instituição paulista para descobrir tal motivo. "O que a gente viu lá [Lucas e seus assessores], iremos adotar aqui. No início do ano, instituímos um Conselho Superior da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP-DF), com Carlos Vogt, presidente da Fapesp, como um dos membros e, para consolidar a regularidade dos investimentos, o mandato da presidente da FAP-DF será de seis anos", informou o secretário.

Questionado sobre a extinção ou fusão da Secretaria de C&T do DF com a de Desenvolvimento Econômico, no início desse ano, Lucas revela que a história não passou de alarde. "Foi só uma sugestão normal. Eram 36 secretarias e ficaram 16. Vinte foram extintas", explica, afirmando que eram muitos órgãos ligados ao governo distrital. "Foi necessário sensibilizar o governador dizendo que a área de ciência e tecnologia é prioridade".

Ao assumir a secretaria, em janeiro deste ano, segundo Lucas, ele e o governador do DF descobriram que "o orçamento estava todo comprometido pelas dívidas". Agora, com "poucos recursos que o órgão dispõe", Lucas ressalta que é prioritariamente necessário consolidar a regularidade dos investimentos. "É importante as pessoas saberem que os recursos saíram no momento certo, independente do seu volume. "