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Secretaria de saúde do Amazonas afirma ter reduzido taxa de letalidade por Covid-19 (89 notícias)

Publicado em 15 de dezembro de 2020

Por Fred Santana

A Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM) afirmou em comunicado nesta terça-feira (15) que reduziu a letalidade por Covid-19 em todo estado. O órgão afirma que entre o pico da pandemia de Covid-19, no primeiro semestre de 2020, e a situação atual, o estado do Amazonas reduziu a taxa de letalidade por Covid-19 em 67,5% – de 8,09% em abril de 2020 para os atuais 2,6%. A taxa é medida pelo número de óbitos em relação à quantidade de casos.

A SES-AM afirmou ainda que o estado também tem registrado as maiores quedas na média móvel de óbitos por Covid-19, entre os 27 estados da federação e o Distrito Federal. Conforme o Consórcio de Imprensa, que integra vários veículos de comunicação do país, na última semana, o Amazonas registrou 48% de queda na média móvel de óbitos. Além do Amazonas, apenas Maranhão e Ceará registram queda na média móvel de óbitos, segundo o consórcio de imprensa, na contramão de quase todo o Brasil, onde essa média só cresce.

O secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo, destacou que a queda da taxa de letalidade está relacionada, entre outros motivos, ao aprimoramento no diagnóstico da Covid-19 logo no início dos sintomas. “Com a expertise das equipes médicas, hoje estamos diagnosticando mais cedo, conseguindo tratar a Covid com mais rapidez, o que tem feito com que os pacientes agravem menos”.

Ainda segundo a secretaria, mesmo com a queda, a redução não é motivo de comemoração, uma vez que o número de óbitos por Covid-19 chegou a 5 mil no estado. Também não justifica o relaxamento das medidas de prevenção pela população, como o distanciamento social, uso de máscara e a higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel.

Óbitos em excesso

“Manaus teve o maior excesso de óbitos entre todas as cidades do Brasil, chegou a 500%. Foram registradas [em 2020] cinco vezes mais mortes que nos anos anteriores – 90% delas por causas respiratórias. O caso do Amazonas nos permite entender como seria a história natural da doença. Mas não estamos propondo isso como estratégia. É a constatação de uma tragédia. Temos de aprender com os dados reais”, defendeu o infectologista Júlio Croda, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em entrevista para a Agência FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Sequelas

Segundo o secretário de saúde do Amazonas, muitos pacientes internados não têm mais o vírus, mas, como a sobrevida aumentou, precisam de internação para cuidar das sequelas da doença. No hospital de referência Delphina Aziz, zona norte de Manaus, dos 120 leitos de UTI ativos, 51 estavam ocupados por pacientes nessa condição no último dia 11 de dezembro.

Com informações da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom). Foto: Divulgação/SES-AM