Amazônia e Mata Atlântica (biomas com maior diversidade do mundo) são as áreas que têm mais espécies e a maior probabilidade de os eventos de seca aumentarem, tanto na frequência quanto na intensidade, explica Rafael Bovo , pesquisador da Universidade da Califórnia, um dos autores do estudo.
As previsões indicam que entre 6,6% e 33,6% dos hábitats se tornarão mais áridos entre 2080 e 2100, por conta de emissões de gases de efeito estufa.
Caso essas emissões cheguem até 4 ºC, mais de um terço desses hábitats serão submetidos a secas devastadoras para os anfíbios, sensíveis à perda de água e pela pele fina.
O levantamento veio de seus estudos de doutorado na Universidade Estadual Paulista (IB-Unesp), em Rio Claro, e trabalho integra o projeto “ Impactos das mudanças climáticas e ambientais sobre a fauna: uma abordagem integrativa “.
“Só existem três soluções possíveis para essas espécies: migrarem, se adaptarem ou serem extintas”, profetiza alarmantemente o biólogo.
O artigo Global exposure risk of frogs to increasing environmental dryness pode ser lido em: https://www.nature.com/articles/s41558-024-02167-z.