A Internet, a maior rede do mundo, interligando aproximados 30 milhões de computadores, deverá tornar-se mais uma mídia ou um próprio canal de vendas para produtos nacionais de empresas de qualquer porte. A estrutura comercial brasileira de acesso à Internet está ainda sendo montada e algumas grandes companhias já se estão credenciando para se tornarem uma espécie de operadoras desses serviços (como IBM, Banco Rural. Bradesco, entre outras). Mas, em paralelo, o Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa de São Paulo (Sebrae-SP) também começa a traçar a estrutura de acesso à rede.
Enquanto isso, empresas ou mesmo pessoas físicas que sejam candidatas a se tornar usuárias da Internet já podem buscar informações através dos centros de atendimento que o órgão coordenador dos serviços acaba de montar. Trata-se da Rede Nacional de Pesquisa, do Ministério da Ciência e Tecnologia o braço brasileiro da Internet instalado em 1992 e voltado para ligar as comunidades científicas e acadêmicas ao mundo e que em acordo com o Ministério das Comunicações ficou encarregado de operacionalizar os serviços voltados para a iniciativa privada.
Para se ligar à Internet, o usuário precisa apenas ter um microcomputador, um telefone, um modem (aparelho que liga o micro à linha telefônica) e o software que irá permitir o acesso. Mas este software não precisa ser comprado. Após o contato com o centro de informações da RNP (que pode ser por telefone, fax ou computador - veja os endereços na tabela), quem já tiver um micro poderá obter o programa para a comunicação. Mas deverá eleger um entre os chamados "provedores de acesso" as empresas que se estão organizando para oferecer infra-estrutura de acesso à Internet.
Elo de Ligação - O Sebrae-SP, por exemplo, tem planos de se tornar um provedor de acesso. O que está faltando, explica Antônio Carlos Lambria, do departamento de informática da instituição em São Paulo, são definições mais claras de como o serviço vai funcionar. "Já entramos em contato com os responsáveis pela montagem do acesso à rede em São Paulo, que, por sua vez, aguarda definições mais precisas", diz Lambria.
Ele ressalta que os planos do Sebrae-SP visam oferecer através da Internet condições de as pequenas empresas divulgarem seus produtos, serviços e faturamento e montarem canais de vendas. Será formada uma rede através do chamado "Web", o que no jargão da Internet significa a parte dela voltada para negócios. Nesse universo é possível colocar na rede fotos de produtos a serem comercializados, a exemplo do que realizam empresas norte-americanas que vendem, via Internet, flores, bombons, pizzas, roupas ou produtos para computador.
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Gazeta Mercantil