Uma nova classe de anti-hipertensivos originária de matérias-primas e tecnologia 100% nacionais está sendo desenvolvida pelos laboratórios Biosintética, Biolab e União Química, que formam o convênio Coinfar.
O mercado brasileiro de hipertensivos movimenta anualmente dois milhões de unidades, equivalentes a US$ 32 milhões.
Segundo Marcio Falei, diretor médico científico do laboratório Biosintética, a idéia é desenvolver um medicamento mais eficiente que os disponíveis atualmente no mercado.
A previsão é iniciar a comercialização no País nos próximos seis anos e exportá-los. Para isso, serão investidos pelo menos US$ 70 milhões.
O projeto recebe apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Centro de Toxinologia Aplicada do Instituto Butantã.
Na fase inicial da pesquisa, foram investidos R$ 3 milhões. Desse valor, R$ 2,7 milhões foram financiados pela Fapesp. Segundo o médico, já foram pesquisadas quatro moléculas, batizadas evasins. provenientes do veneno da cobra Bothrop jararaca. Nos próximos seis meses, será determinada a molécula líder a ser usada para o desenvolvimento da nova classe de anti-hipertensivos.
Além disso, três novos produtos foram descobertos com essas pesquisas, e já estão sendo distribuídos. O laboratório Bristol Meyers já comercializa o Captopril, também originário do veneno da cobra.
Fabiana Pio
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DCI