A prática de mindfulness pode diminuir a impulsividade de pacientes que vivem em comunidades terapêuticas em tratamento para transtorno por abuso de substância, como álcool e outras drogas, aponta uma pesquisa.
Atenção plena ou “consciência plena”, é um estado mental em que a pessoa volta sua atenção ao presente.
Com origens não budismo e tradições orientais, mindfulness chegou ao Ocidente como uma prática laica de meditação utilizada como complementar para diversos quadros clínicos, como dores crônicas, estresse depressão e ansiedade. O mindfulness aplicado à saúde foi desenvolvido pelo médico Jon Kabat-Zinn na década de 1970, nos Estados Unidos.
Um desenvolvimento pela psicóloga Ana Paula Donate em mestrado em psicobiologia na Unifesp Federal de São Paulo (Universidade de aperfeiçoamento do efeito da prevenção de pesquisa em mindfulness). O estudo financiado pela FAPESP (Função de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e contorno com orientação da professora Ana Regina Noto, da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Unifesp.
Doe integrou o Nepsis (Núcleo de Pesquisa em Saúde e Uso de Substâncias), que faz parte do Departamento de Psicobiologia da Unifesp, que conduz diversos estudos sobre mindfulness.
O protocolo utilizado na pesquisa foi o MBRP (Mindfulness-based Relapse Prevention, ou Prevenção de Recaída Baseada em Mindfulness), desenvolvido pelo psicólogo canadense Alan Marlatt, em 1985.
Segundo Donate , “existem diferentes protocolos de mindfulness no mundo, que podem ser agrupados em intervenções cada em mindfulness, sendo um dos protocolos tem práticas específicas, como o MBRP, que foi desenvolvido para pessoas com transtorno por uso de substância”.
Do ponto de vista neural, acredita-se que as práticas de meditação para dependência podem ser usadas para desenvolver funções cognitivas mediadas pelo córtex pré-frontal, no cérebro.
Estudos que contribuem para a região pré-frontal do comportamento prejudicial e impulsivo. Pesquisadores evidenciam que o manejo cognitivo é restabelecido através das práticas de meditação, há um aumento da conectividade entre os sistemas top-down do córtex pré-frontal e bottom-up circuitos límbicos-estriatais, envolvidos no processamento da recompensa e do circuito motivação, respectivamente.
“O padrão de conexão entre os sistemas de cima para baixo e de baixo para cima oferece para um aumento do funcionamento dos comportamentos de comportamento em mudança de direção ao uso de material, como avaliação da recompensa, reatividade às pistas, assim como organização dos executivos e, portanto, , controle da impulsividade”, afirma um pesquisador.
Existem diversos estudos sobre mindfulness grupos ao redor do mundo, considerando clínicos e não-clínicos. na pesquisa que não a prática só do estresse e da redução ansiedade mas também da depressão e da fissura causada pela falta da droga.
Donate explica que existem dois tipos de práticas de meditação: as formais e as informais. As práticas informais são exercícios que podem ser realizadas durante as atividades rotineiras, como as mãos ou caminhar, como sempre ocorrem nas práticas formais de meditação.
“Do ponto de prática, praticar mindfulness envolve a atenção nas etapas que envolvem a atividade de atenção, além de escolher uma atitude de abertura para observar como sensações, pensamentos e emoções. consciência e abertura para uma atividade do dia a dia”, detalha.
Na comunidade, foram incluídas pessoas com transtorno por uso de substância, incluindo álcool, pesquisa, maconha e crack, que estavam em tratamento em uma terapia em Campinas, no interior de São Paulo.
A participação foi voluntária e aconteceu enquanto dentro da instituição. Antes de iniciar o estudo, as pessoas foram para o fim de verificar se ao fim da inclusão, como estão a menos de 15 dias sem consumo de falar, falar em português e apresentar-se para a entrevista grave. Ao final da entrevista inicial, 86 pessoas foram selecionadas para integrarem o estudo, sendo 45 recebidas uma intervenção de meditação.
Foram realizadas, pelo menos, cinco diferentes práticas de meditação formal, como meditação dos filhos, meditação dos pensamentos e meditação da meditação. As práticas foram oferecidas ao MBRP ao longo das datas apresentadas por dois facilitadores que não possuem protocolo do MBRP.
Os com uma vez de horas por semana, duração duas. O grupo foi composto por um número fixo de pessoas do início ao fim, não sendo permitida a entrada de novos participantes. Os demais participantes receberam um controle, isto é, os participantes da comunidade terapêutica ofereciam atividades que são técnicas das 12 etapas de prevenção de recaída, que são as intervenções que incluem as intervenções em terapias.
Os resultados do estudo foram discretos entre as pessoas que receberam uma meditação em comparação com aqueles que receberam um controle da intervenção. Segundo Donate, este foi o primeiro estudo que investigou os efeitos do MBRP por oito semanas em comunidade no Brasil. A participação no grupo de apresentação de necessidade do fluxo de meditação para a população.
“Discutimos uma possibilidade de adaptação para um protocolo que seja contínuo e que permita que novos integrantes participem mesmo após o início do grupo, bem como a elevação do tempo da sessão, que passaria a ser de, no máximo, uma hora, prolongando-se Assim também a nossa quantidade de encontros. Do ponto de vista prático, isso parece fazer sentido para o ambiente e para as características da nossa população. , novos estudos precisam ser elaborados”, afirma Donate.