Notícia

A Tribuna (Santos, SP)

SAÚDE — Fapesp não comprova riscos do filme plástico

Publicado em 22 junho 2004

Ainda não há comprovação de que o DEHP (ftalato de di-2- ctfl-hexila) e o DEHA (adiparo de di-2-etil-hexila), aditivos usados para flexibilizar os filmes plásticos, possam provocar algum dano ao ser humano, de acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os dois compostos são classificados pela Agência Internacional para Pesquisas sobre o Câncer (Iarc) como substâncias do grupo 3, ou seja, de "risco cancerígeno para seres humanos não-classificável". Conforme matéria publicada por A Tribuna no dia 25 de maio, pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, mos troque os filmes plásticos de policloreto de vinila (PVC), utilizados no revestimento de embalagens de produtos alimentares, contêm substâncias tóxicas que podem migrar para alimentos. O estudo identificou que o problema é causado pelas duas substâncias, que se mostraram ligadas ao desenvolvimento de câncer de fígado e a problemas de fertilidade em testes com animais. O material analisado pela Fiocruz apresentou teores de DEHP de 33,17%. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estipula que, para a armazenagem de alimentos com mais de 5% de gordura, pode haver apenas 3% do DEHP no plástico. Segundo nota divulgada pela Anvisa, "todas as empresas cujas análises acusaram presença do plastificante DEHP nos filmes plásticos, acima cio limite estabelecido pela resolução 105/99, foram notificadas para que se adequassem à legislação". A agência garante ainda que está adotando medidas de controle, como solicitação de inspeções nas unidades fabris responsáveis pela adição do aditivo ao PVC. Da Reportagem